Qual É o Melhor Violão de 12 Cordas Elétrico? 7 Modelos para Timbres Ricos

Maria Silveira Costa
Maria Silveira Costa
10 min. de leitura

Encontrar o violão de 12 cordas elétrico perfeito pode transformar sua música, adicionando uma textura rica e um brilho que um instrumento de 6 cordas não consegue replicar. O som encorpado, com seu efeito chorus natural, é icônico em gêneros como folk, rock clássico e pop.

Este guia analisa os 7 melhores modelos disponíveis, detalhando suas madeiras, sistema de captação e tocabilidade. Aqui, você encontrará a informação necessária para escolher o instrumento que se alinha ao seu estilo musical e ao seu orçamento, garantindo uma compra segura e satisfatória.

Como Escolher o Violão de 12 Cordas Ideal?

A escolha de um violão de 12 cordas envolve analisar alguns fatores chave que impactam diretamente o som e a experiência de tocar. Preste atenção aos seguintes pontos:

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

  • Madeiras de Construção: O tipo de madeira usado no tampo, fundo e laterais define a base do timbre. Spruce oferece brilho e projeção, enquanto Mogno ou Sapele proporcionam um som mais quente e com médios presentes.
  • Formato do Corpo: Modelos como Folk ou Dreadnought são comuns e oferecem bom equilíbrio entre volume e conforto. Corpos Jumbo, maiores, geram mais volume e graves, ideais para quem toca desplugado com frequência.
  • Sistema de Captação (Eletrônica): A qualidade do pré-amplificador e do captador é fundamental para o som plugado. Verifique os controles do equalizador (graves, médios, agudos), a presença de um afinador embutido e recursos extras como o botão de inversão de fase para evitar microfonia.
  • Tocabilidade: Um violão de 12 cordas exerce mais tensão no braço e exige mais força dos dedos. Um braço confortável, tarraxas de qualidade que seguram a afinação e uma boa regulagem de fábrica (ação das cordas) são essenciais para uma experiência agradável.

Análise: 7 Violões de 12 Cordas Elétricos

Analisamos em detalhe os modelos mais relevantes do mercado, destacando seus pontos fortes, limitações e para qual tipo de músico cada um é mais indicado.

1. Tagima Azteca XII NTABS Non-Cutaway

O Tagima Azteca XII é uma porta de entrada sólida para o mundo dos violões de 12 cordas. Com seu corpo no formato folk sem cutaway, ele projeta um som equilibrado e com bom volume.

A combinação de tampo em Spruce com fundo e laterais em Agathis resulta em um timbre brilhante, com agudos definidos, característico para arpejos e bases abertas. A sonoridade é clássica, remetendo ao folk rock dos anos 60 e 70.

O acabamento natural acetinado (NTABS) é discreto e elegante, agradando quem prefere uma estética mais orgânica e menos chamativa.

Este violão é a escolha ideal para o músico iniciante a intermediário que busca seu primeiro 12 cordas sem fazer um investimento alto. A captação piezo com o pré-amplificador Tagima TEQ-8, com equalizador de 4 bandas e afinador, é funcional para estudos, pequenas apresentações e gravações caseiras.

Ele entrega o som característico de 12 cordas de forma competente. A tocabilidade é razoável para a faixa de preço, mas músicos com mãos menores podem sentir o braço um pouco largo.

É um excelente instrumento de custo-benefício para quem quer explorar novas texturas sonoras.

Prós
  • Ótimo custo-benefício para iniciantes.
  • Timbre brilhante e definido, ideal para folk.
  • Pré-amplificador com afinador e EQ de 4 bandas.
  • Acabamento acetinado elegante.
Contras
  • A madeira Agathis no fundo e laterais oferece menos complexidade sonora que opções como Mogno.
  • A falta de cutaway dificulta o acesso às casas mais agudas do braço.

2. Tagima Azteca XII BKS Non-Cutaway

Compartilhando as mesmas especificações de construção e eletrônica do modelo NTABS, o Tagima Azteca XII BKS se diferencia pelo seu acabamento em preto acetinado (Black Satin). Essa estética oferece um visual mais moderno e sóbrio, perfeito para músicos que tocam em bandas de rock ou pop e buscam um instrumento que se destaque no palco com uma aparência mais agressiva e minimalista.

A sonoridade permanece a mesma: brilhante e focada nos agudos, graças ao tampo de Spruce.

Este modelo é indicado para o mesmo perfil do Azteca NTABS, mas com uma preferência estética clara pelo preto. É uma ótima opção para quem deseja a sonoridade de um 12 cordas com um visual que foge do tradicional tom de madeira.

A eletrônica TEQ-8 continua sendo um ponto forte, oferecendo versatilidade para plugar o instrumento em amplificadores ou sistemas de PA. Para o músico que se preocupa tanto com o som quanto com a presença de palco, a versão BKS é uma escolha acertada.

Prós
  • Visual moderno com acabamento preto acetinado.
  • Mantém o bom custo-benefício da linha Azteca.
  • Eletrônica TEQ-8 com afinador integrado.
  • Sonoridade clássica de 12 cordas.
Contras
  • O acabamento acetinado pode marcar impressões digitais com mais facilidade.
  • Sem cutaway, o acesso aos trastes finais é limitado.

3. Tagima Azteca XII VSB Non-Cutaway

A versão VSB (Vintage Sunburst) do Tagima Azteca XII apela diretamente aos amantes do visual clássico. O acabamento sunburst é icônico e remete à era de ouro do rock e do folk, conferindo ao instrumento uma aparência atemporal.

Em termos sonoros e de construção, ele é idêntico aos seus irmãos de linha, com tampo em Spruce, laterais e fundo em Agathis e o sistema de captação TEQ-8. A projeção sonora continua focada no brilho e na clareza dos acordes.

Se você é um músico que valoriza a estética vintage e quer um violão de 12 cordas acessível, esta é a sua escolha. O Azteca XII VSB é perfeito para quem toca covers de classic rock, blues ou folk, onde o visual do instrumento complementa a performance.

Ele serve bem tanto para quem está começando a explorar as 12 cordas quanto para guitarristas experientes que precisam de um segundo instrumento para performances específicas, sem comprometer o orçamento.

Prós
  • Acabamento Vintage Sunburst clássico e atraente.
  • Eletrônica funcional com afinador.
  • Bom equilíbrio sonoro para bases e arpejos.
  • Preço acessível para um 12 cordas.
Contras
  • A tocabilidade pode exigir uma regulagem inicial para ação de cordas mais baixa.
  • A falta de cutaway é um ponto a considerar para quem sola.

4. Tagima Azteca XII CAS Non-Cutaway

Finalizando a família Azteca, a versão CAS (Cherry Sunburst) oferece uma variação vibrante do acabamento sunburst, com tons avermelhados mais pronunciados. É uma escolha visualmente impactante, que se destaca bastante.

As características técnicas, como as madeiras e a eletrônica TEQ-8, são as mesmas, garantindo a sonoridade brilhante e a funcionalidade que tornam a linha Azteca uma opção popular.

O corpo folk sem corte mantém a projeção sonora focada e equilibrada.

Este violão é para o músico que não tem medo de chamar a atenção. O acabamento Cherry Sunburst é cheio de personalidade e combina bem com estilos musicais enérgicos. Se você busca um primeiro violão de 12 cordas que seja confiável, tenha uma boa eletrônica para plugar e um visual que se destaque, o Azteca XII CAS é uma excelente pedida.

Ele cumpre o papel de entregar o som cintilante das 12 cordas com um pacote visualmente ousado e preço competitivo.

Prós
  • Visual vibrante com acabamento Cherry Sunburst.
  • Mesma eletrônica confiável TEQ-8 com afinador.
  • Timbre brilhante ideal para pop e rock.
  • Excelente opção de entrada.
Contras
  • O som do Agathis pode não agradar quem busca timbres mais quentes e complexos.
  • A ausência de cutaway limita a performance nos trastes agudos.

5. Rozini Presença Brasil Folk 12 Cordas RX415AT

O Rozini Presença Brasil RX415AT representa um salto em qualidade, sendo uma opção para músicos mais exigentes. A construção com madeiras maciças nacionais, como o tampo em Spruce e o fundo e laterais em Louro-preto, confere ao instrumento uma identidade sonora única.

O timbre é rico, com excelente projeção, graves definidos e um brilho equilibrado, superior aos modelos laminados. O acabamento fosco e o design do mosaico demonstram o cuidado da fabricação nacional.

Este violão é a escolha perfeita para o músico profissional ou amador avançado que busca um instrumento de alta qualidade para gravações em estúdio e apresentações ao vivo. O sistema de captação Fishman Presys+ é um grande diferencial, oferecendo controles precisos de equalização (grave, médio, agudo), um filtro "notch" e um botão de inversão de fase para um controle superior sobre a microfonia no palco.

Se você procura um timbre refinado, construção robusta e uma eletrônica de nível profissional, o Rozini RX415AT é um investimento que vale a pena.

Prós
  • Madeiras maciças (Louro-preto) para um timbre superior e complexo.
  • Sistema de captação Fishman Presys+ de nível profissional.
  • Excelente projeção sonora e equilíbrio tonal.
  • Construção nacional de alta qualidade.
Contras
  • Investimento significativamente mais alto.
  • O braço, apesar de confortável, ainda é robusto e pode ser um desafio para alguns.

6. Giannini Performance Deluxe J12 DLX

O Giannini J12 DLX se destaca pelo seu formato de corpo Mini-Jumbo com cutaway, que oferece um som potente e encorpado, com graves ressonantes e grande volume. É uma excelente escolha para quem precisa de projeção sonora, mesmo tocando desplugado.

O tampo em Sitka Spruce maciço, combinado com fundo e laterais em Sapele, entrega um timbre quente e equilibrado, com médios bem presentes que complementam o brilho das 12 cordas.

O acabamento brilhante e os detalhes em abalone dão um toque de sofisticação ao instrumento.

Para o músico que toca em igrejas, ministrações de louvor ou faz apresentações acústicas onde o volume é essencial, o Giannini J12 DLX é uma ferramenta poderosa. O cutaway facilita o acesso às notas mais agudas, tornando-o mais versátil para solos e melodias.

A captação G3T com afinador é simples e eficaz, captando bem o caráter sonoro do violão. É um instrumento intermediário de alta qualidade, ideal para quem quer um som grande e imponente sem precisar ir para os modelos mais caros.

Prós
  • Corpo Mini-Jumbo para grande volume e graves potentes.
  • Tampo maciço de Sitka Spruce para melhor ressonância.
  • Cutaway para fácil acesso aos trastes agudos.
  • Bom equilíbrio entre preço e qualidade de construção.
Contras
  • A captação G3T, embora funcional, é mais simples que sistemas como o Fishman.
  • O tamanho do corpo pode ser desconfortável para músicos de menor estatura.

7. Ibanez Eletroacústico 12 Cordas PF1512ECE

A Ibanez é conhecida mundialmente pela excelente tocabilidade de seus instrumentos, e o PF1512ECE não é exceção. Com um corpo no formato Dreadnought com cutaway, este violão oferece um som cheio e robusto, com graves fortes e agudos cristalinos, uma combinação clássica para o estilo.

A construção com tampo em Spruce e fundo/laterais em Okoume proporciona um timbre equilibrado e versátil, que funciona bem para bases rítmicas e dedilhados. A presença do cutaway é um ponto positivo para a versatilidade.

Este violão é a escolha ideal para o guitarrista que já toca guitarra elétrica e está migrando para o 12 cordas, ou para qualquer músico que priorize o conforto e a velocidade no braço.

A eletrônica Ibanez AEQ-2T com afinador é competente e fácil de usar, tornando-o pronto para o palco. Se você busca a confiabilidade de uma marca internacional, uma tocabilidade acima da média para um 12 cordas e um som Dreadnought clássico, o Ibanez PF1512ECE é uma das opções mais seguras e confortáveis do mercado.

Prós
  • Tocabilidade excelente, com um braço confortável.
  • Timbre Dreadnought clássico, cheio e versátil.
  • Cutaway que facilita o acesso às notas altas.
  • Confiabilidade da marca Ibanez.
Contras
  • A eletrônica AEQ-2T possui apenas 2 bandas de equalização (grave e agudo).
  • O som do Okoume, similar ao Mogno, pode ser menos brilhante que outras combinações.

Sonoridade e Madeiras: O que Define o Timbre?

A alma de um violão acústico está em suas madeiras. No caso de um 12 cordas, elas são ainda mais importantes para equilibrar o brilho extra das cordas duplas. O tampo é a principal superfície de vibração.

Tampos em Spruce, presentes na maioria dos modelos analisados, são conhecidos por gerar um som aberto, brilhante e com ótima projeção. Já o fundo e as laterais adicionam a "cor" do timbre.

Madeiras como Agathis (linha Tagima Azteca) são uma opção econômica que entrega um som funcional, enquanto Sapele ou Okoume (Giannini, Ibanez) oferecem mais calor e foco nos médios.

Madeiras nobres e maciças como o Louro-preto (Rozini) proporcionam maior complexidade, sustentação e volume, pois vibram de forma mais livre que as laminadas.

Captação e Equalizador: O Som no Palco

A parte elétrica de um violão de 12 cordas é o que o torna pronto para palcos e gravações. O sistema é composto por um captador (geralmente do tipo piezo, instalado sob o rastilho) e um pré-amplificador.

O pré-amplificador, ou "pré", é o circuito com os controles visíveis na lateral do violão. Um bom pré-amplificador deve ter um afinador embutido, um controle de volume e um equalizador de, no mínimo, 3 bandas (graves, médios e agudos) para ajustar o som ao ambiente.

Sistemas mais avançados, como o Fishman Presys+ do Rozini, incluem recursos como controle de "notch" e inversão de fase, ferramentas poderosas para eliminar microfonias em volumes altos, um problema comum com violões acústicos no palco.

Tocabilidade: Braço, Cordas e Afinação

Tocar um violão de 12 cordas exige mais do músico. A tensão dobrada das cordas torna a digitação mais pesada e o braço naturalmente mais largo para acomodá-las. Por isso, a tocabilidade é um fator crítico.

Um bom violão de 12 cordas terá tarraxas blindadas e de boa qualidade para segurar a afinação, que é mais complexa. A ação das cordas (distância entre as cordas e a escala) deve ser confortável.

Muitos instrumentos saem de fábrica com uma ação um pouco alta, e uma visita a um luthier para uma regulagem pode fazer uma diferença enorme. Marcas como a Ibanez são conhecidas por projetar braços mais finos e confortáveis, facilitando a vida de quem não tem mãos grandes ou não está acostumado com a pegada de um 12 cordas.

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