Qual é o Melhor Pedal de Distorção Para Metal? Do Clássico ao Moderno

Maria Silveira Costa
Maria Silveira Costa
11 min. de leitura

Escolher o pedal de distorção certo é fundamental para definir seu timbre de guitarra no metal. Com tantas opções disponíveis, encontrar a saturação ideal para seus riffs pode ser confuso.

Este guia definitivo analisa os 10 melhores pedais de distorção, detalhando para qual tipo de guitarrista e estilo musical cada um se destina. Aqui, você encontrará informações claras sobre ganho, equalização e características únicas para tomar a decisão correta, seja você um fã de thrash metal clássico ou de djent moderno.

O Que Define um Pedal de Distorção Para Metal?

Um pedal de distorção para metal se diferencia por três características principais: alto ganho, uma resposta de graves controlada e uma seção de equalização (EQ) poderosa. Diferente de um overdrive, que satura o sinal de forma mais suave, a distorção para metal comprime e corta o sinal agressivamente, criando a sustentação e a saturação necessárias para riffs pesados.

O controle de graves precisa ser firme para evitar que os "palm mutes" soem embolados. O mais importante é o EQ, especialmente o controle de médios, que permite esculpir o timbre para se destacar na mixagem ou criar o clássico som "scooped" do thrash metal.

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Análise: Os 10 Melhores Pedais de Distorção Para Metal

1. Boss Metal Zone MT-2

O Boss MT-2 Metal Zone é um dos pedais de distorção mais icônicos e controversos da história. Seu som característico de "ninho de abelhas", quando mal ajustado, rendeu-lhe uma fama mista.

Contudo, seu verdadeiro poder está no EQ paramétrico duplo para os médios. Este controle permite um ajuste cirúrgico das frequências médias, algo que poucos pedais nesta faixa de preço oferecem.

Com ele, você pode criar desde timbres com médios cortados (scooped), ideais para thrash metal dos anos 80, até sons com médios pronunciados que se destacam em solos.

Este pedal é a escolha perfeita para o guitarrista que gosta de experimentar e tem paciência para esculpir seu som. Se você busca uma solução "plug-and-play" simples, o MT-2 pode frustrar.

Mas para quem deseja aprender sobre equalização e ter controle total sobre o timbre, ele é uma ferramenta versátil. Funciona melhor no canal limpo de um amplificador, onde seu caráter pode ser totalmente moldado, ou como um pré-amplificador direto na mesa de som para gravações.

Prós
  • EQ paramétrico de médios oferece controle tonal extremo
  • Construção robusta e durável, padrão da Boss
  • Versátil para diferentes subgêneros de metal se bem ajustado
Contras
  • Pode soar estridente e artificial sem um ajuste cuidadoso do EQ
  • A grande quantidade de ganho pode gerar muito ruído
  • Não é um pedal para quem busca simplicidade e som imediato

2. Joyo JF-17 Extreme Metal

O Joyo JF-17 Extreme Metal oferece uma quantidade massiva de ganho e um timbre agressivo a um preço acessível. Com um EQ de 3 bandas e um botão adicional de "Boost" para os médios, este pedal é claramente voltado para o metal moderno.

Ele entrega um som saturado e comprimido, com graves firmes que são perfeitos para riffs rápidos e palm mutes definidos. A construção é sólida, superando as expectativas para um pedal nesta faixa de preço.

Para o guitarrista iniciante ou para quem tem um orçamento limitado e quer um timbre de alto ganho sem complicações, o Joyo Extreme Metal é uma opção excelente. Ele entrega um som pronto para estilos como metalcore e death metal.

A chave "Boost" é útil para alternar entre uma base rítmica com médios cortados e um som de solo que fura a mixagem. É uma maneira direta de obter um som pesado sem gastar muito.

Prós
  • Excelente custo-benefício para timbres de alto ganho
  • EQ de 3 bandas mais um boost de médios para maior versatilidade
  • Construção robusta e durável
Contras
  • O nível de ganho pode ser excessivo para estilos de metal mais clássicos
  • O som pode ficar um pouco embolado em configurações de ganho máximo
  • O circuito true bypass pode apresentar um estalo audível ao ser acionado

3. Behringer HM300 Heavy Metal

O Behringer HM300 é um clone direto do lendário Boss HM-2, o pedal que definiu o som do death metal sueco. Seu apelo é muito específico: obter o timbre de "motosserra" popularizado por bandas como Entombed e Dismember.

Para isso, a instrução é simples: coloque todos os knobs no máximo. O resultado é uma distorção agressiva, cheia de harmônicos e com uma qualidade suja e cortante que é instantaneamente reconhecível.

Este pedal não é para todos. Ele é uma ferramenta de nicho, perfeita para guitarristas que buscam recriar especificamente o som do death metal sueco ou para produtores que querem adicionar essa textura única às suas gravações.

Fora desse contexto, seu som pode ser considerado áspero e pouco versátil. Se você é um fã do gênero e quer aquele timbre clássico sem gastar uma fortuna em um HM-2 original, o HM300 da Behringer é a escolha óbvia e imbatível.

Prós
  • Recria perfeitamente o som icônico do Boss HM-2
  • Preço extremamente acessível
  • Essencial para fãs de death metal sueco
Contras
  • Carcaça de plástico é menos durável que a de metal
  • Pouco versátil fora do seu nicho específico
  • Gera bastante ruído, exigindo um noise gate

4. EX Inferno Death Metal Distortion

O EX Inferno Death Metal Distortion é um pedal compacto e direto, projetado para entregar um único tipo de som: distorção agressiva de alto ganho. Com apenas três controles (Volume, Tone, Gain), ele remove a complexidade e foca em fornecer um timbre pesado rapidamente.

O som é comprimido, com graves potentes e agudos cortantes, adequado para subgêneros extremos que não exigem muita sutileza dinâmica.

Este pedal é ideal para o guitarrista que precisa de um som de metal extremo sem complicações. Se você toca death metal, black metal ou grindcore e quer um pedal que soe pesado assim que é ligado, o EX Inferno cumpre a promessa.

Sua simplicidade é sua maior força. Não espere a versatilidade de um pedal com EQ complexo; em vez disso, veja-o como uma arma sônica focada em um único objetivo: destruição sonora com o mínimo de ajuste.

Prós
  • Extremamente simples de usar
  • Timbre agressivo e focado para metal extremo
  • Design compacto economiza espaço no pedalboard
Contras
  • A falta de um EQ de 3 bandas limita a modelagem do som
  • O controle de 'Tone' tem um alcance limitado
  • Pode soar um pouco genérico por falta de opções tonais

5. Rowin Heavy Metal Distortion Analógico

O Rowin Heavy Metal é um pedal analógico em formato mini que busca capturar a essência do heavy metal clássico dos anos 80. Seu som é mais próximo de um amplificador Marshall modificado do que das distorções ultra saturadas do metal moderno.

Ele oferece uma distorção rica em harmônicos, com uma resposta dinâmica que reage bem ao toque do guitarrista. O EQ de 3 bandas é eficaz e permite moldar o som de forma significativa.

Se você é fã de bandas como Iron Maiden, Judas Priest ou do thrash metal da Bay Area, este pedal é uma excelente escolha. Ele é perfeito para o guitarrista que quer um timbre de metal clássico, mas tem pouco espaço no pedalboard.

Por ser um pedal analógico, seu som é quente e orgânico. Não é a melhor opção para estilos de metal extremo, mas para quem busca um som de hard rock ou heavy metal tradicional, o Rowin Heavy Metal é uma joia compacta e acessível.

Prós
  • Timbre analógico quente, ideal para heavy metal clássico
  • Formato mini, perfeito para pedalboards lotados
  • EQ de 3 bandas funcional em um pedal pequeno
Contras
  • Não possui ganho suficiente para metal moderno ou extremo
  • Os knobs pequenos podem ser difíceis de ajustar ao vivo
  • Pode faltar um pouco de graves para afinações mais baixas

6. BOSS DS-1X Distortion com Tecnologia MDP

O Boss DS-1X representa a evolução do clássico DS-1, incorporando a tecnologia Multi-Dimensional Processing (MDP) da Boss. Esta tecnologia analisa o sinal da guitarra em tempo real e aplica a quantidade ideal de distorção em diferentes registros de frequência.

O resultado é um som de alto ganho com clareza e definição de notas sem precedentes, mesmo ao tocar acordes complexos. A distorção é rica e encorpada, mas sem a lama sonora que aflige muitos pedais de alto ganho.

Este pedal é a escolha perfeita para o guitarrista técnico ou para quem toca estilos de metal moderno que exigem articulação. Se você toca djent, metal progressivo ou qualquer gênero onde a clareza de cada nota é crucial, o DS-1X é imbatível.

Ele responde de forma dinâmica ao seu toque e ao volume da guitarra, limpando o som quando você toca mais leve. É um pedal de distorção para quem valoriza tanto a agressividade quanto a inteligibilidade musical.

Prós
  • Tecnologia MDP oferece clareza e definição incríveis
  • Resposta dinâmica excelente ao toque do guitarrista
  • Baixo nível de ruído, mesmo com ganho elevado
  • Construção robusta tradicional da Boss
Contras
  • Preço mais elevado que outros pedais de distorção
  • O som digital pode não agradar puristas do timbre analógico
  • O EQ, apesar de eficaz, oferece menos controle que um MT-2

7. AZOR Pedal de Distorção Alto Ganho

O pedal de distorção da AZOR é outra opção ultra acessível e compacta para guitarristas que buscam um som de alto ganho. Com controles simples de Level, Tone e Gain, ele é projetado para ser intuitivo.

O timbre é focado em uma distorção moderna e agressiva, com saturação suficiente para a maioria dos estilos de metal. Sua pegada é mais próxima de um som de amplificador valvulado saturado, com uma boa dose de compressão.

Para o músico que está montando seu primeiro pedalboard ou procura um pedal de backup barato, o AZOR é uma escolha sensata. Ele entrega o som pesado prometido sem exigir um grande investimento ou conhecimento técnico.

É ideal para quem toca punk, hard rock ou metal e precisa de um pedal que simplesmente funcione. Sua simplicidade é seu maior atrativo, tornando-o uma ótima porta de entrada para o mundo dos timbres de alto ganho.

Prós
  • Preço extremamente baixo
  • Design mini que economiza espaço
  • Simples de usar e obter um som pesado rapidamente
Contras
  • Construção pode não ser a mais durável a longo prazo
  • Falta de controles de EQ detalhados limita a versatilidade
  • O ruído de fundo pode ser perceptível em configurações de ganho mais altas

8. Boss Distortion DS-1

O Boss DS-1 é uma lenda. Lançado em 1978, foi o pedal de distorção de inúmeros guitarristas icônicos, de Kurt Cobain a Joe Satriani. Embora não seja um pedal de "metal" nos padrões modernos de alto ganho, sua distorção cortante e rica em médios-agudos é a base de muitos timbres clássicos de hard rock e do início do heavy metal.

Funciona muito bem para empurrar um amplificador valvulado que já está no limite do crunch, transformando-o em um monstro de saturação.

Este pedal é para o guitarrista que busca um timbre de distorção clássico e versátil. Se seu som se inspira no rock dos anos 80 e 90 ou no heavy metal tradicional, o DS-1 é uma ferramenta essencial.

Ele não vai entregar a saturação comprimida e os graves super definidos do metal moderno, mas oferece um som orgânico e reativo. Para quem procura um pedal que pode ir do rock alternativo ao thrash metal da velha escola, o DS-1 continua sendo uma escolha relevante e acessível.

Prós
  • Timbre clássico e reconhecível, presente em inúmeros álbuns
  • Preço acessível e construção à prova de balas
  • Extremamente versátil para rock e metal clássico
Contras
  • Pode soar fino e sem graves em alguns amplificadores
  • Não possui ganho suficiente para metal moderno
  • O controle de 'Tone' pode soar áspero em configurações extremas

9. SONICAKE Cowboy Distortion Alto Ganho

O SONICAKE Cowboy Distortion é um pedal que emula o som de um amplificador valvulado de alto ganho, como um Peavey 5150 ou um Marshall JCM800 modificado. Ele oferece uma distorção encorpada, com bastante saturação e um caráter "brown sound" que é perfeito para hard rock e heavy metal.

O EQ de 3 bandas (Bass, Mid, Treble) junto com os controles de Volume e Gain permite uma modelagem sonora eficaz, aproximando-se da sensação de tocar em um amplificador de verdade.

Este pedal é a escolha ideal para o guitarrista que ama o timbre de amplificadores clássicos de alto ganho, mas precisa de uma solução portátil e prática. Se você toca em locais onde não pode levar seu amplificador valvulado ou grava direto na interface de áudio, o SONICAKE Cowboy oferece um som convincente.

Ele é perfeito para hard rock, glam metal e heavy metal clássico, fornecendo um timbre pronto e cheio de atitude.

Prós
  • Simula de forma convincente o som de amplificadores de alto ganho
  • EQ de 3 bandas oferece boa flexibilidade tonal
  • Ótima opção para quem grava direto na interface de áudio
Contras
  • Não é true bypass, o que pode desagradar alguns guitarristas
  • A quantidade de ganho pode ser insuficiente para metal extremo
  • A construção é leve, o que pode gerar dúvidas sobre a durabilidade

10. LEKATO Distortion com Modos Vintage e Turbo

O LEKATO Distortion é um pedal clone do icônico ProCo RAT, famoso por sua versatilidade. Este pedal se destaca pela chave que alterna entre os modos "Vintage" e "Turbo". No modo Vintage, ele entrega a distorção clássica do RAT: um som cortante, entre a distorção e o fuzz, ótimo para rock alternativo e stoner metal.

No modo Turbo, o som ganha mais volume, graves e uma compressão mais agressiva, tornando-o perfeito para riffs de thrash e death metal.

Este é o pedal perfeito para o guitarrista que precisa de versatilidade. Se você toca em uma banda que transita entre o punk, o stoner rock e o metal, o LEKATO oferece dois timbres distintos em um único chassi compacto.

A capacidade de ir de uma distorção mais aberta e dinâmica para uma saturação comprimida e brutal com o toque de uma chave o torna uma ferramenta sonora muito poderosa. É uma escolha fantástica para quem gosta da sonoridade do RAT, mas quer mais opções.

Prós
  • Dois modos (Vintage e Turbo) oferecem grande versatilidade
  • Recria bem o som clássico do ProCo RAT
  • Ótimo para estilos que ficam entre a distorção e o fuzz, como stoner e doom metal
Contras
  • O controle de 'Filter' (Tone) funciona de forma invertida, o que pode ser confuso
  • A qualidade de construção pode variar
  • O modo Turbo pode adicionar um pouco de ruído extra

A Importância do EQ Para Esculpir seu Timbre

A equalização é, sem dúvida, o aspecto mais importante para definir seu som de metal. Um pedal com um EQ eficaz permite que você adapte a distorção ao seu amplificador, à sua guitarra e, principalmente, ao contexto da banda.

Os graves precisam ser firmes, mas não excessivos, para não embolar com o baixo. Os agudos adicionam o ataque e a agressividade, mas em excesso podem soar ásperos. O controle de médios é o mais crucial: cortar os médios (scoop) cria o som clássico do thrash, enquanto aumentar certas frequências médias ajuda a guitarra a se destacar em solos e riffs complexos do metal moderno.

Alto Ganho: Quanto de Saturação Você Realmente Precisa?

Muitos guitarristas iniciantes no metal acreditam que o segredo é colocar o botão de ganho no máximo. Na prática, isso raramente produz um bom timbre. Excesso de ganho comprime o som, remove a dinâmica e transforma seus riffs em uma massa sonora indefinida.

O ideal é encontrar o ponto onde a saturação é suficiente para dar sustentação e peso, mas ainda permite que as notas individuais de um acorde ou de um riff rápido sejam ouvidas claramente.

Um bom ponto de partida é ajustar o ganho até obter a agressividade desejada e, depois, recuar um pouco. Menos, muitas vezes, é mais.

True Bypass vs. Buffered: Qual o Impacto no seu Som?

A discussão sobre bypass é comum no mundo dos pedais. Um pedal true bypass, quando desligado, permite que o sinal da guitarra passe diretamente do conector de entrada para o de saída, sem qualquer interferência do circuito.

Isso é ótimo para preservar o timbre puro da sua guitarra. Já um pedal com buffered bypass mantém o circuito ativo mesmo quando o efeito está desligado, fortalecendo o sinal. Isso é útil para evitar a perda de agudos que ocorre quando se usam cabos muito longos ou muitos pedais em série.

Para metal, onde o sinal já é muito processado, a diferença pode ser sutil. Pedais com buffer de boa qualidade, como os da Boss, são excelentes para manter a integridade do sinal em um pedalboard grande.

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