Qual é o Melhor Direct Box: Ativo ou Passivo?

Maria Silveira Costa
Maria Silveira Costa
12 min. de leitura

Escolher um direct box, ou DI, é um passo fundamental para garantir a qualidade do seu som, seja no palco ou no estúdio. A função deste equipamento é simples, mas vital: converter o sinal do seu instrumento para que ele chegue limpo e sem ruídos à mesa de som.

Este guia analisa os 10 melhores direct boxes do mercado, detalhando as diferenças entre modelos ativos e passivos e indicando a opção ideal para cada tipo de músico e aplicação, desde o home studio até grandes apresentações ao vivo.

Ativo vs. Passivo: Entenda a Diferença Crucial

A principal escolha que você fará é entre um direct box ativo ou passivo. A decisão depende do tipo de instrumento que você usa. Modelos passivos funcionam com um transformador para converter o sinal e não precisam de energia externa.

Eles são ideais para instrumentos com sinal de alta saída e eletrônica ativa, como teclados, sintetizadores e contrabaixos com pré-amplificadores internos. O transformador pode adicionar uma leve saturação harmônica, que muitos consideram musical.

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Já os direct boxes ativos contêm um pré-amplificador interno e necessitam de energia, fornecida por uma bateria de 9V ou pelo phantom power da mesa de som. Eles são a escolha certa para instrumentos com captadores passivos e de baixa saída, como guitarras e contrabaixos Fender Jazz Bass ou Precision.

O circuito ativo garante que o sinal seja forte e que as frequências altas não se percam em cabos longos, mantendo a clareza e a definição do timbre original.

Análise: Os 10 Melhores Direct Boxes

1. Behringer DI100 Ativo Ultra-DI

Maior desempenho

O Behringer DI100 é um verdadeiro padrão da indústria, encontrado em incontáveis palcos e estúdios ao redor do mundo. Este direct box ativo é conhecido por sua versatilidade e construção robusta, com um chassi de metal e cantos de borracha que aguentam o dia a dia de shows.

Ele opera com bateria de 9V ou phantom power, oferecendo um pad de atenuação com dois estágios (-20 dB e -40 dB) e o essencial switch de ground lift para eliminar ruídos de terra.

O transformador interno OT-1 da própria Behringer faz um trabalho competente, entregando um som limpo e consistente.

Este modelo é a escolha ideal para o músico que precisa de uma solução confiável e acessível para instrumentos passivos. Se você toca guitarra, violão ou um baixo com captadores passivos, o DI100 garante que seu sinal chegue com força e clareza à mesa de som.

Para donos de home studio, ele representa uma ferramenta de excelente custo-benefício para gravar linhas diretas de instrumentos sem colorir excessivamente o timbre.

Prós
  • Excelente custo-benefício
  • Construção metálica robusta
  • Atenuador de dois estágios (-20 e -40 dB)
  • Funciona com bateria ou phantom power
Contras
  • O transformador não é tão transparente quanto o de modelos premium
  • O compartimento da bateria pode ser difícil de abrir

2. Santo Ângelo DBP1 Passivo

O Santo Ângelo DBP1 é uma solução passiva, direta e eficiente de uma marca nacional reconhecida pela qualidade de seus cabos. Sua construção é simples e sólida, projetada para ser uma ferramenta de trabalho confiável.

Por ser passivo, ele não necessita de alimentação externa, o que o torna perfeito para situações onde o phantom power não está disponível. Ele conta com chave de ground lift e um atenuador de -20 dB, recursos básicos para lidar com as situações mais comuns de palco e estúdio.

Este direct box é perfeito para tecladistas e músicos que usam instrumentos com pré-amplificadores ativos, como baixos e violões modernos. Se você precisa conectar um sintetizador, um notebook ou um baixo ativo à mesa de som, o DBP1 faz o trabalho de forma limpa e sem complicações.

É uma ótima opção para igrejas, casas de show e técnicos de som que precisam de um DI passivo resistente e que não pese no orçamento.

Prós
  • Não requer alimentação externa
  • Construção metálica e resistente
  • Ótimo preço para um produto nacional
  • Simples e direto ao ponto
Contras
  • Apenas um nível de atenuação (-20 dB)
  • Pode saturar o som com sinais extremamente altos

3. Samson MDA1 Mono Ativo

O Samson MDA1 representa um passo acima dos modelos de entrada, oferecendo um som mais limpo e detalhado. Este direct box ativo utiliza um transformador toroidal blindado customizado, o que resulta em uma resposta de frequência mais ampla e linear, com ruído ultrabaixo.

A construção em aço de calibre 14 o torna extremamente durável para a estrada. Além do ground lift, ele possui um pad de atenuação de -15 dB, adequado para a maioria das fontes de sinal.

Para o músico de estúdio ou o profissional de palco que busca mais fidelidade sonora, o MDA1 é uma escolha excelente. É ideal para gravar baixos e guitarras com captadores passivos, preservando os harmônicos e a dinâmica do instrumento.

Se você sente que os DIs mais básicos tiram um pouco do brilho do seu timbre, o circuito do Samson oferece a transparência necessária para que o som do seu instrumento se destaque na mix.

Prós
  • Qualidade de áudio superior com transformador toroidal
  • Construção em aço extremamente robusta
  • Baixíssimo nível de ruído
  • Design compacto e sólido
Contras
  • Apenas um nível de atenuação (-15 dB)
  • Preço mais elevado que os modelos de entrada

4. dbx DJDI Passivo de 2 canais

A dbx é uma marca com forte reputação no mundo do áudio profissional, e o DJDI faz jus a esse nome. Como o nome sugere, este direct box passivo de dois canais foi pensado para DJs, mas sua utilidade vai muito além.

Ele permite conectar fontes de sinal estéreo, como mixers de DJ, teclados e notebooks, em duas saídas XLR balanceadas. Cada canal possui seu próprio controle de atenuação contínuo, que vai de 0 a -40 dB, e um switch de ground lift, oferecendo controle total sobre o sinal.

Este equipamento é a solução definitiva para DJs que precisam de uma conexão limpa e segura com o sistema de som da casa. Também é perfeito para tecladistas que usam patches estéreo e querem manter a imagem sonora.

Se você trabalha com áudio para eventos e precisa de uma ferramenta versátil para lidar com diferentes fontes de sinal estéreo, o dbx DJDI oferece a confiabilidade e o controle que você precisa em um único pacote robusto.

Prós
  • Dois canais em uma única unidade
  • Atenuador de sinal contínuo (variável)
  • Ideal para fontes estéreo como teclados e mixers de DJ
  • Marca com reputação profissional
Contras
  • Maior e mais pesado que modelos de um canal
  • Preço mais alto, justificado pela funcionalidade de dois canais
5. Behringer DI20 Ativo de 2 Canais

O Behringer DI20 é uma ferramenta de áudio incrivelmente flexível a um preço acessível. Este direct box ativo oferece dois canais que podem ser usados de três formas diferentes: modo mono duplo, modo estéreo ou modo split.

No modo split, ele envia o sinal de um instrumento para duas saídas diferentes, uma para o amplificador de palco e outra para a mesa de som. Ele também possui ground lift e um atenuador de -30 dB, funcionando com bateria ou phantom power.

Se você precisa de máxima versatilidade com um orçamento limitado, o DI20 é imbatível. É perfeito para o músico que toca guitarra e precisa de um splitter, ou para quem precisa ligar uma fonte estéreo como um teclado.

Para pequenos estúdios ou técnicos de som que precisam de uma solução rápida para dois canais, este DI cumpre a função. É um verdadeiro canivete suíço para resolver problemas de conexão.

Prós
  • Modos de operação versáteis (2-channel, link, split)
  • Excelente custo para um DI de dois canais
  • Funcionalidade de splitter embutida
  • Compacto para a quantidade de recursos
Contras
  • Construção de plástico parece menos durável para turnês
  • O som não é tão transparente quanto opções mais caras

6. Santo Angelo Ninja Passivo

O Santo Angelo Ninja é um direct box passivo que se destaca pelo seu design ultracompacto e robusto. Projetado para caber em qualquer gig bag ou até mesmo ser fixado em um pedalboard, ele é construído em um chassi de aço carbono que inspira confiança.

Apesar do tamanho reduzido, ele entrega os recursos essenciais: entrada e saída P10 (Thru), saída XLR balanceada e um switch de ground lift para eliminar ruídos.

Este DI é a escolha perfeita para o músico que está sempre na estrada e precisa otimizar espaço sem sacrificar a qualidade. Se você toca teclado ou usa um baixo ativo e quer uma solução "plug and play" que possa levar para qualquer lugar, o Ninja é ideal.

Sua simplicidade é seu maior trunfo: não há pads de atenuação ou configurações complexas, apenas uma conversão de sinal limpa e confiável em um formato que não atrapalha.

Prós
  • Design extremamente compacto e leve
  • Construção muito robusta em aço carbono
  • Ideal para ser transportado ou fixado em pedalboards
  • Simplicidade de uso
Contras
  • Não possui chave de atenuação (pad)
  • Funcionalidade limitada aos recursos básicos

7. Hayonik DB100 Passivo

O Hayonik DB100 é um direct box passivo que foca em oferecer o essencial com um preço muito competitivo. Construído em um chassi metálico, ele é simples e funcional, contando com uma entrada P10, uma saída paralela (Thru) e a saída XLR balanceada.

Ele inclui um atenuador de sinal com dois níveis (-20 dB e -40 dB), o que é um diferencial positivo em sua faixa de preço, além da chave de ground lift.

Este modelo é indicado para quem busca a solução mais econômica possível para conectar instrumentos de linha ou ativos, como teclados e violões. É uma excelente opção para ser um DI de backup na mochila, para igrejas com orçamento limitado ou para músicos iniciantes que estão montando seu primeiro setup de palco.

Ele resolve o problema de ruído e casamento de impedância sem exigir um grande investimento.

Prós
  • Preço extremamente acessível
  • Atenuador de dois estágios, raro nesta faixa de preço
  • Chassi metálico
  • Não precisa de alimentação
Contras
  • A qualidade do transformador pode colorir o som mais que outros modelos
  • A durabilidade dos switches pode ser um ponto de atenção a longo prazo

8. Santo Ângelo DBA1 Ativo

O Santo Ângelo DBA1 é a resposta da marca para quem precisa de um direct box ativo confiável. Seguindo a linha de construção robusta da empresa, ele possui um corpo metálico resistente e oferece as funcionalidades esperadas de um bom DI ativo.

Ele pode ser alimentado via phantom power ou bateria de 9V, possui um atenuador de -20 dB e uma chave de ground lift. É um competidor direto dos modelos ativos de entrada da Behringer e Samson.

Para o músico que prefere apoiar uma marca nacional e precisa de um DI ativo para seus instrumentos passivos, o DBA1 é a escolha certa. Ele é ideal para guitarristas e baixistas com captadores vintage ou passivos, garantindo um sinal forte e sem perda de agudos.

É uma opção sólida para estúdios e palcos que buscam um equipamento de bom desempenho e durabilidade comprovada.

Prós
  • Marca nacional de confiança
  • Construção metálica e durável
  • Funciona com phantom power ou bateria
  • Boa alternativa a modelos importados de entrada
Contras
  • Apenas um nível de atenuação (-20 dB)
  • O preço pode ser similar a opções importadas com mais recursos

9. Waldman DI 1PS Passivo Mono

O Waldman DI 1PS é a personificação da simplicidade. Este direct box passivo foi criado para executar uma única tarefa: converter um sinal não balanceado para balanceado de forma barata e eficaz.

Ele possui uma carcaça metálica, entradas e saídas P10 e uma saída XLR, junto com uma chave de ground lift. Não há atenuadores ou outros recursos, o foco é ser uma solução direta para problemas de conexão.

Este DI é para quem tem um orçamento extremamente apertado ou precisa de uma unidade sobressalente para emergências. Se você é um tecladista em uma banda de garagem ou cuida do som em uma pequena igreja e precisa apenas eliminar o ruído de um instrumento de linha, o DI 1PS resolve.

Ele cumpre a função mais básica de um direct box sem nenhum extra.

Prós
  • Extremamente acessível
  • Simples e fácil de usar
  • Carcaça metálica
  • Inclui chave de ground lift
Contras
  • Ausência de chave de atenuação (pad)
  • Qualidade sonora básica, pode não ser ideal para gravações críticas

10. Behringer DI400P Passivo 4 Canais

O Behringer DI400P é uma solução multicanal passiva e compacta. Ele agrupa quatro direct boxes independentes em uma única unidade, cada um com sua entrada P10, saída P10 (Thru) e saída XLR balanceada.

Cada canal também possui sua própria chave de ground lift. A grande vantagem aqui é a densidade, oferecendo quatro canais de DI em um espaço muito pequeno, ideal para setups mais complexos.

Este produto é perfeito para tecladistas que usam múltiplos sintetizadores, ou para bateristas que disparam samples e precisam de várias saídas. Para pequenos palcos, estúdios ou empresas de sonorização, o DI400P otimiza o espaço e simplifica a organização de cabos, permitindo conectar várias fontes de linha (teclados, computadores) de uma só vez.

É uma solução prática e econômica para quem precisa de quantidade.

Prós
  • Quatro canais de DI passivo em uma unidade
  • Excelente otimização de espaço
  • Ótimo custo por canal
  • Ground lift independente para cada canal
Contras
  • Não possui chave de atenuação em nenhum dos canais
  • A proximidade dos conectores pode ser um problema com plugs maiores

Para Que Serve um Direct Box? Principais Usos

Um direct box é uma ponte essencial entre seu instrumento e a mesa de som. Suas funções principais são:

  • Balancear o sinal: Ele converte o sinal não balanceado de um cabo P10, suscetível a ruídos, em um sinal balanceado de um cabo XLR. Isso permite usar cabos muito mais longos sem perda de qualidade ou interferência.
  • Ajustar a impedância: Instrumentos como guitarras têm alta impedância, enquanto mesas de som esperam um sinal de baixa impedância. O DI faz essa "tradução", evitando que o som fique magro, sem graves e sem brilho.
  • Isolar ruídos de terra (ground loop): Ao conectar equipamentos em tomadas diferentes, podem surgir ruídos de 60Hz. O direct box isola eletricamente os circuitos, eliminando esse zumbido incômodo.

Recursos Essenciais: Ground Lift e Atenuador (Pad)

Dois botões são cruciais em um direct box: o Ground Lift e o Pad. O switch **Ground Lift** (ou LFT) é sua primeira arma contra ruídos. Se você ouvir um zumbido constante ao conectar seu equipamento, acionar essa chave geralmente resolve o problema, pois ela desconecta o pino de aterramento do cabo XLR, quebrando o chamado "ground loop".

O **Atenuador** (ou Pad) é um controle para reduzir o volume do sinal de entrada. Ele é usado quando a fonte sonora é muito alta, como um teclado com o volume no máximo ou a saída de linha de um amplificador.

Acionar o pad (geralmente com opções de -15 dB, -20 dB ou -30 dB) evita que o sinal chegue distorcido (clipado) na mesa de som, garantindo uma gravação ou performance limpa.

Conexões e Canais: O que Você Precisa Saber

A maioria dos direct boxes possui uma entrada P10 (Input), uma saída XLR balanceada (Balanced Output) e uma saída P10 paralela (Thru ou Link). A saída **Thru** é muito útil no palco, pois permite que você envie uma cópia do sinal original do seu instrumento para o seu amplificador, enquanto a saída XLR envia o sinal tratado para a mesa de som.

Assim, você tem seu monitoramento no palco e o técnico de som tem um sinal limpo para o público.

Você também precisa decidir quantos canais são necessários. Um DI **mono** (um canal) é suficiente para guitarra, baixo ou violão. Para instrumentos com saída estéreo, como teclados e sintetizadores, ou para DJs, um DI de **dois canais** (estéreo) é a escolha correta para preservar a imagem sonora.

Existem ainda modelos com quatro ou mais canais, ideais para setups de estúdio ou tecladistas com múltiplos equipamentos.

Perguntas Frequentes

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