Qual é o Melhor Crash Pad Para Boulder? O Guia

Maria Silveira Costa
Maria Silveira Costa
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Escolher um crash pad é uma das decisões mais importantes para um escalador de boulder. Este equipamento é sua principal linha de defesa contra quedas, e um bom pad faz a diferença entre uma sessão segura e uma visita ao hospital.

Este guia analisa os critérios que você precisa avaliar antes da compra, como tipo de espuma, sistema de dobra e portabilidade. Apresentamos também uma análise detalhada dos dois modelos mais confiáveis do mercado para ajudar você a investir na sua segurança com confiança.

Como Escolher o Crash Pad Certo: Fatores Essenciais

A escolha do crash pad ideal depende de alguns fatores técnicos. O tipo de dobra, seja taco ou com dobradiça (hinge), define como o pad se comporta no chão e durante o transporte.

A qualidade e a composição da espuma determinam a eficácia na absorção de impacto. Por fim, o equilíbrio entre tamanho e espessura versus portabilidade do crash pad define a praticidade do seu uso no dia a dia.

Entender esses três pilares é o primeiro passo para uma compra acertada.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

Análise dos 2 Melhores Crash Pads Para Boulder

Avaliamos dois dos crash pads mais populares e bem-avaliados do mercado. Cada um atende a um perfil de escalador diferente, com pontos fortes e fracos distintos. Analisamos o design, a qualidade da espuma e a funcionalidade geral para que você possa identificar qual se alinha melhor às suas necessidades na rocha.

1. Metolius Crash Pad Session II

O Metolius Session II é um verdadeiro cavalo de batalha, conhecido por seu equilíbrio exemplar entre desempenho, durabilidade e preço. Sua principal característica é a dobra tipo taco, que cria uma superfície de aterrissagem contínua, sem vãos perigosos.

Isso minimiza o risco de torcer um tornozelo em uma junção, um ponto de segurança importante. A construção da espuma segue o padrão da indústria: uma camada superior de espuma de célula fechada para distribuir o impacto e uma camada inferior espessa de espuma de célula aberta para absorver a energia da queda.

Com 10 cm de espessura, ele oferece proteção adequada para a maioria dos boulders.

Este crash pad é a escolha perfeita para o escalador versátil, que transita entre diferentes picos de escalada e precisa de um equipamento confiável. Se você busca seu primeiro pad de alta qualidade ou um segundo pad para aumentar sua zona de segurança, o Session II é uma opção sólida.

Sua portabilidade é um ponto forte, com alças confortáveis e um peso gerenciável, facilitando as caminhadas de aproximação. O sistema de fechamento com fivelas de metal é simples e robusto, garantindo que o pad permaneça fechado durante o transporte.

Prós
  • Superfície de aterrissagem contínua devido à dobra taco.
  • Excelente equilíbrio entre peso, tamanho e proteção.
  • Materiais duráveis e construção de alta qualidade.
  • Fivelas de metal resistentes e fáceis de usar.
Contras
  • A dobra taco impede que seja guardado totalmente plano.
  • Menos espaço interno para carregar equipamentos.
  • Com o tempo, a dobra central pode se tornar um ponto mais macio.

2. Mad Rock Mad Pad

Nossa escolha

O Mad Rock Mad Pad se destaca pelo seu excelente custo-benefício e por algumas funcionalidades inteligentes. Ele utiliza um design de dobradiça (hinge), que permite que o pad se dobre de forma completamente plana, facilitando o armazenamento em casa ou no carro.

Essa característica também cria um espaço generoso para carregar sapatilhas, saco de magnésio e outros itens de escalada dentro do pad fechado. Uma de suas funcionalidades mais apreciadas é a capacidade de se transformar em uma espécie de cadeira ou sofá, ideal para relaxar entre uma tentativa e outra no boulder.

Para o escalador iniciante ou aquele com um orçamento definido, o Mad Pad é uma das melhores portas de entrada para o equipamento de segurança. Sua versatilidade o torna uma peça central do kit de escalada.

Se você costuma fazer aproximações mais longas e precisa otimizar o transporte de material, a capacidade de carregar equipamentos internamente é um grande diferencial. O sistema de alças permite que ele seja usado como mochila, e uma tira extra na cintura ajuda a distribuir o peso em caminhadas mais exigentes.

Prós
  • Ótimo custo-benefício para iniciantes e escaladores ocasionais.
  • Dobra plana, facilitando o armazenamento.
  • Grande capacidade para transportar equipamentos internamente.
  • Pode ser convertido em um assento confortável.
Contras
  • A dobradiça no meio cria um ponto fraco potencial na zona de queda.
  • A espuma pode ser percebida como excessivamente firme em quedas de baixa altura.
  • As alças de mochila são funcionais, mas menos confortáveis que as de modelos premium.

Taco vs. Hinge: Qual o Melhor Tipo de Dobra?

A escolha entre uma dobra taco e uma dobradiça (hinge) impacta diretamente na segurança e na conveniência. A dobra taco, como o nome sugere, dobra o pad ao meio sem uma costura, criando uma superfície de aterrissagem única e sem interrupções.

Isso é ideal para terrenos planos, pois elimina o risco de o pé afundar em um vão. A desvantagem é que ele não fica plano quando guardado e pode desenvolver um ponto macio no centro com o uso prolongado.

A dobra com dobradiça une duas metades separadas do pad com um tecido resistente. Sua principal vantagem é a capacidade de se assentar melhor em terrenos irregulares e de dobrar de forma compacta para armazenamento.

Além disso, permite carregar equipamentos dentro do pad fechado. O ponto negativo é a própria dobradiça: ela cria um vão ou um ponto mais fino bem no centro do pad, que pode ser perigoso se você cair exatamente sobre ele.

A escolha depende de sua prioridade: superfície perfeita (taco) ou versatilidade e armazenamento (hinge).

Espuma: A Chave Para a Absorção de Impacto

A alma de um crash pad está na sua espuma. Praticamente todos os pads modernos usam um sistema de sanduíche com dois tipos de espuma para garantir a segurança em boulder. Na parte de cima, encontramos a espuma de célula fechada.

Ela é mais densa e firme, e sua função é distribuir a força da sua queda sobre a maior área possível, como uma casca de ovo que protege o conteúdo. Sem ela, seu pé simplesmente afundaria na espuma macia.

Abaixo da camada firme, fica a espuma de célula aberta. Esta é mais macia e compressível, parecida com a espuma de um colchão. Sua tarefa é absorver a energia do impacto, amortecendo sua queda e evitando que você sinta o chão.

A espessura e a qualidade de cada camada definem a capacidade do pad de lidar com quedas de diferentes alturas. Pads mais grossos geralmente possuem uma camada maior de espuma de célula aberta, oferecendo mais amortecimento para quedas altas.

Tamanho e Portabilidade: O Equilíbrio Ideal

Encontrar o equilíbrio certo entre o tamanho do crash pad e sua portabilidade é fundamental. Um pad maior oferece uma área de aterrissagem mais generosa, aumentando sua margem de segurança, especialmente em boulders com movimentos dinâmicos ou travessias.

Contudo, pads grandes são mais pesados, volumosos e difíceis de transportar em trilhas estreitas ou em carros compactos. Pads menores, por outro lado, são leves e fáceis de carregar, mas exigem um posicionamento mais preciso sob o boulder.

Sua escolha deve refletir o tipo de escalada que você mais pratica. Se você costuma escalar em áreas de fácil acesso e gosta de highballs, um pad maior pode ser a melhor opção. Se suas aventuras envolvem longas caminhadas ou se você precisa de um segundo pad para complementar um maior, um modelo mais compacto e leve será mais prático.

Muitos escaladores acabam possuindo mais de um pad para se adaptar a diferentes situações.

Perguntas Frequentes

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