Qual o Melhor Celular Para Trabalho com Samsung DeX?

Se você busca transformar seu smartphone em uma estação de trabalho completa, o Samsung DeX é a solução. Este guia foi criado para responder uma pergunta fundamental: qual é o melhor celular para usar o modo desktop da Samsung?

A resposta pode surpreender você. Muitos dos aparelhos mais populares e buscados não possuem essa funcionalidade. Aqui, explicamos o que é o DeX, por que certos modelos não são compatíveis e apontamos as linhas corretas da Samsung que oferecem essa poderosa ferramenta de produtividade.

O Samsung DeX é uma plataforma que permite estender seu smartphone ou tablet Galaxy para uma experiência de desktop. Ao conectar seu aparelho a um monitor ou TV, o DeX projeta uma interface semelhante a um sistema operacional de computador, como Windows ou macOS.

Você pode abrir aplicativos em janelas, redimensioná-las, arrastar e soltar arquivos e usar teclado e mouse para uma multitarefa eficiente. Essa funcionalidade transforma seu celular em um verdadeiro PC de bolso, ideal para quem trabalha em trânsito.

Para usar o DeX, você precisa de um celular Samsung compatível, um monitor ou TV com entrada HDMI e um adaptador USB-C para HDMI. Um hub USB-C com portas adicionais para teclado, mouse e carregamento é recomendado para uma estação de trabalho completa.

A conexão também pode ser feita sem fio com TVs e monitores que suportam Miracast, embora a conexão com fio ofereça mais estabilidade e menor latência. A ideia é simples: seu celular armazena os dados e o poder de processamento, enquanto o monitor oferece o espaço de tela necessário para a produtividade no celular.

Uma confusão comum ao procurar um celular para trabalho é assumir que todos os aparelhos Samsung incluem o modo DeX. Isso não é verdade. A funcionalidade é um recurso premium, reservado para os dispositivos topo de linha da marca.

Aparelhos populares das linhas Galaxy A e Galaxy M, como o Galaxy A54, Galaxy A34 ou Galaxy M54, não possuem compatibilidade com o Samsung DeX.

A ausência do DeX nesses modelos se deve a limitações de hardware. O modo desktop exige um processador de alto desempenho para gerenciar múltiplas tarefas em uma tela externa sem comprometer a performance.

Mais importante, ele depende de uma porta USB-C com suporte à tecnologia DisplayPort Alternate Mode, que permite a transmissão de vídeo para um monitor. Os celulares intermediários da Samsung geralmente possuem portas USB-C limitadas à transferência de dados e carregamento, sem a capacidade de saída de vídeo.

Por isso, se seu objetivo principal é usar o celular como PC, você deve focar nas linhas premium.

Para ter acesso à experiência DeX, você precisa investir em um dos smartphones ou tablets topo de linha da Samsung. Esses aparelhos são projetados com o hardware necessário para garantir uma experiência de desktop fluida e responsiva.

As linhas que você deve procurar são:

• Samsung Galaxy S Series: Esta é a principal linha de flagships da Samsung. Todos os modelos a partir do Galaxy S8 são compatíveis com DeX. Para a melhor experiência, opte pelos modelos mais recentes, como as linhas Galaxy S22, S23 e S24. Eles possuem processadores mais rápidos e mais memória RAM, o que se traduz em um desempenho multitarefa superior no modo desktop. São ideais para profissionais que precisam de máxima performance.
• Samsung Galaxy Z Fold Series: Considerada a linha definitiva para produtividade móvel. Todos os modelos Z Fold são compatíveis com DeX. A combinação de uma tela interna gigante, para uso em qualquer lugar, com a capacidade de se transformar em um desktop completo com o DeX, faz desta a escolha para executivos e entusiastas de tecnologia que querem um dispositivo 'tudo em um'.
• Samsung Galaxy Note Series (Legado): Embora descontinuada, a linha Galaxy Note, a partir do Note 8, também oferece suporte total ao DeX. Se você encontrar um modelo usado ou recondicionado em boas condições, como um Note 20 Ultra, ele ainda será uma excelente ferramenta de produtividade com o bônus da S Pen.
• Tablets Samsung Galaxy Tab S: Alguns tablets premium da Samsung, como os da linha Tab S (a partir do Tab S4), também suportam o DeX. A vantagem é que eles podem rodar o DeX na própria tela do tablet, oferecendo uma experiência de laptop sem a necessidade de um monitor externo, apenas com a adição de uma capa-teclado.

Muitos usuários confundem o Samsung DeX com o recurso "Link to Windows" (Vincular ao Windows). Embora ambos melhorem a produtividade, eles funcionam de maneiras fundamentalmente diferentes.

O Link to Windows, presente em muitos celulares Galaxy, incluindo a linha A, é uma ferramenta de integração. Ele permite que você espelhe a tela do seu celular no seu computador com Windows, acesse notificações, responda mensagens e transfira arquivos diretamente do PC.

O Samsung DeX, por outro lado, é um modo de computação independente. Ele não espelha a tela do seu celular, ele cria uma nova interface de desktop em um monitor externo. Enquanto o Link to Windows exige um PC para funcionar, o DeX transforma seu celular no próprio computador.

O DeX é a solução para quem quer deixar o laptop em casa e trabalhar usando apenas o celular e periféricos, enquanto o Link to Windows é para quem quer integrar melhor o celular ao fluxo de trabalho já existente em um PC.

A Samsung não é a única fabricante a oferecer uma experiência de desktop a partir de um celular. A principal alternativa no mercado é da Motorola, com uma plataforma robusta e muito similar em conceito.

• Motorola Ready For: Esta é a resposta da Motorola ao DeX. Disponível em seus aparelhos topo de linha, como a família Edge, e em alguns modelos da linha Moto G, o Ready For permite conectar o celular a um monitor para uma experiência de desktop. A plataforma também oferece modos otimizados para entretenimento (TV), videochamadas e jogos, tornando-a bastante versátil. A interface é limpa e funciona bem para tarefas de produtividade.
• Desktop Mode do Android: O próprio sistema Android possui um modo desktop nativo desde a versão 10. Contudo, ele é uma função básica, escondida nas opções de desenvolvedor. A experiência é rudimentar, com pouca otimização de aplicativos e uma interface que não se compara à polidez do DeX ou do Ready For. É mais uma prova de conceito do que uma ferramenta de trabalho funcional para o dia a dia.