Qual É o Melhor Baixo Para Iniciantes de 4 Cordas? Guia de Compra

Maria Silveira Costa
Maria Silveira Costa
13 min. de leitura

Escolher o primeiro contrabaixo é um passo decisivo para qualquer músico. Um bom instrumento motiva a prática e facilita o aprendizado, enquanto uma má escolha pode gerar frustração.

Este guia foi criado para simplificar sua decisão. Analisamos os 10 melhores baixos de 4 cordas para iniciantes disponíveis no mercado, detalhando seus pontos fortes, limitações e para qual perfil de músico cada um é mais indicado.

Aqui, você encontrará informações claras para fazer uma compra segura e começar a tocar com o pé direito.

Como Escolher o Baixo Ideal Para Começar a Tocar

Antes de analisar os modelos, entenda os fatores que definem um bom baixo para iniciantes. O primeiro é o conforto. O instrumento precisa ser agradável de segurar e tocar. Verifique o peso e o formato do braço.

Braços mais finos, como os do tipo Jazz Bass, costumam ser mais confortáveis para quem está começando. A ergonomia do corpo também conta, pois um baixo bem desenhado se encaixa melhor junto ao corpo, seja tocando sentado ou em pé.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

A sonoridade é outro ponto fundamental. Ela é definida principalmente pelos captadores. Existem dois tipos clássicos: Precision (P-Bass) e Jazz (J-Bass). O P-Bass oferece um som mais grave e focado, ideal para rock e punk.

O J-Bass é mais versátil, com um timbre mais brilhante e articulado, funcionando bem em funk, pop e jazz. Alguns baixos combinam os dois, oferecendo o melhor de ambos os mundos. Pense nos gêneros musicais que você mais gosta, pois isso guiará sua escolha de timbre.

Os 10 Melhores Baixos Para Iniciantes Analisados

1. Yamaha TRBX174: O Mais Versátil da Lista

O Yamaha TRBX174 é frequentemente recomendado como o ponto de partida ideal, e por boas razões. Sua principal vantagem é a versatilidade sonora. Ele vem equipado com uma configuração de captadores P/J: um captador Precision no braço e um Jazz Bass na ponte.

Isso permite que você explore uma vasta gama de timbres, desde o som gordo e pesado do P-Bass até o timbre estalado e definido do J-Bass. Para o iniciante que ainda está descobrindo sua identidade musical, essa flexibilidade é um grande diferencial.

Este baixo é a escolha perfeita para o músico que não quer se prender a um único gênero. A construção da Yamaha é consistentemente boa, com acabamento de qualidade e um braço confortável que facilita a execução das primeiras linhas de baixo.

Se você busca um instrumento confiável, que soa bem em rock, pop, funk ou gospel e que não vai te deixar na mão, o TRBX174 oferece o melhor custo-benefício em termos de versatilidade e qualidade de construção.

Prós
  • Configuração de captadores P/J oferece enorme versatilidade de timbres.
  • Qualidade de construção e acabamento superiores na sua faixa de preço.
  • Braço confortável, ideal para longas sessões de estudo.
  • Marca com reputação de confiabilidade.
Contras
  • O som do captador Jazz Bass (ponte) sozinho pode soar um pouco fino.
  • O visual moderno pode não agradar quem busca um estilo vintage.

2. Squier by Fender: A Porta de Entrada Clássica

A linha Squier by Fender oferece a oportunidade de ter um instrumento com o design e a sonoridade clássicos da Fender por um preço acessível. Os modelos Affinity, como o Precision Bass PJ ou o Jazz Bass, são excelentes para iniciantes.

Eles capturam a essência dos baixos que definiram a história da música. O Precision Bass entrega o timbre icônico, grave e com presença, que é a base de incontáveis hits do rock e da soul music.

Já o Jazz Bass oferece mais brilho e definição, com seu braço mais fino e confortável.

Para o iniciante que sonha em ter um Fender e quer o timbre autêntico para tocar clássicos, o Squier é a escolha certa. Ele não é apenas um baixo para começar, mas também uma excelente plataforma para futuros upgrades de captadores e hardware.

Se você tem como referência baixistas que usam modelos Precision ou Jazz Bass e busca essa sonoridade específica, um Squier Affinity entrega essa experiência com um ótimo custo-benefício.

Prós
  • Design e sonoridade clássicos da Fender.
  • Excelente plataforma para futuros upgrades.
  • Boa tocabilidade, especialmente os modelos Jazz Bass com braço mais fino.
  • Forte valor de revenda comparado a outras marcas de entrada.
Contras
  • O controle de qualidade pode ser inconsistente; é bom testar a unidade específica.
  • Os captadores de fábrica são funcionais, mas carecem da profundidade dos modelos Fender mais caros.

3. Tagima TW-73: O Estilo Jazz Bass Acessível

A Tagima se consolidou como uma das marcas mais populares no Brasil, e o TW-73 é um dos seus campeões de venda. Este baixo é inspirado no clássico Fender Jazz Bass, apresentando dois captadores single-coil e três controles: dois volumes (um para cada captador) e um de tonalidade.

Essa configuração permite misturar os sons dos captadores para encontrar o timbre perfeito, desde um som mais macio e aveludado usando o captador do braço, até um som mais agressivo e com "rosnado" usando o da ponte.

O TW-73 é ideal para o baixista iniciante que prefere a sonoridade e a ergonomia de um Jazz Bass. Seu braço é notavelmente fino e confortável, o que ajuda muito na digitação e reduz o cansaço.

É uma escolha fantástica para quem pretende tocar estilos que pedem mais articulação nas notas, como funk, samba, jazz e R&B. Pelo preço, a qualidade geral do instrumento é surpreendente, fazendo dele uma das melhores relações custo-benefício do mercado.

Prós
  • Excelente custo-benefício para um baixo no estilo Jazz Bass.
  • Braço fino e muito confortável para iniciantes.
  • Boa versatilidade de timbres graças aos dois captadores.
  • Visual clássico e atraente.
Contras
  • Os captadores podem apresentar algum ruído (hum) quando usados sozinhos, o que é comum em single-coils.
  • O peso pode variar bastante entre unidades diferentes.

4. Tagima TBM-4: A Potência do Som Ativo Para Iniciantes

O Tagima TBM-4 se diferencia da maioria dos baixos para iniciantes por ser um baixo ativo. Isso significa que ele possui um pré-amplificador interno alimentado por uma bateria de 9V.

O resultado é um som com mais potência, clareza e controle. Inspirado nos famosos Music Man StingRay, o TBM-4 tem um único captador humbucker na ponte, que produz um som forte, percussivo e com médios bem definidos.

O circuito ativo permite ajustar graves e agudos diretamente no instrumento.

Este baixo é a escolha perfeita para o iniciante que quer tocar rock, metal, pop moderno ou qualquer estilo que demande um som mais agressivo e presente na mix. Se você gosta de técnicas como slap, o TBM-4 responde muito bem, com agudos estalados e graves profundos.

Para quem busca um timbre moderno e não tem medo de um som mais "quente" e com alto ganho, este Tagima oferece uma performance que vai além de sua faixa de preço.

Prós
  • Circuito ativo oferece mais controle de timbre (graves e agudos).
  • Som potente e percussivo, ideal para rock e metal.
  • Captador humbucker elimina ruídos.
  • Visual moderno e imponente.
Contras
  • A necessidade de trocar a bateria de 9V pode ser um inconveniente.
  • Menos versátil que modelos com dois captadores para estilos mais suaves.

5. Strinberg JBS-40: Conforto e Timbre de Jazz Bass

O Strinberg JBS-40 é outro forte concorrente na categoria de baixos estilo Jazz Bass para iniciantes. Assim como o Tagima TW-73, ele aposta na combinação de corpo confortável, braço fino e a versatilidade de dois captadores single-coil.

A Strinberg tem se destacado por oferecer instrumentos com bom acabamento e madeiras de qualidade para a faixa de preço, e o JBS-40 não é exceção. O som é o esperado de um J-Bass: articulado, com boa definição e capaz de se adaptar a vários gêneros.

Para quem está em dúvida entre o Strinberg JBS-40 e o Tagima TW-73, a decisão muitas vezes se resume a pequenas diferenças de acabamento ou preferência pessoal pela marca. O JBS-40 é uma escolha sólida para o estudante que quer um instrumento confiável para tocar funk, jazz, pop e MPB.

Seu conforto e tocabilidade fazem dele uma ferramenta que incentiva a prática diária, sem pesar no bolso.

Prós
  • Bom acabamento e construção sólida para o preço.
  • Braço fino e confortável, facilitando a tocabilidade.
  • Timbre clássico de Jazz Bass, versátil para diversos estilos.
  • Custo-benefício competitivo.
Contras
  • Assim como outros J-Bass de entrada, os captadores podem ter ruído.
  • A marca tem menos tradição que Tagima ou Squier, o que pode afetar o valor de revenda.

6. Strinberg PBS50: O Peso do Rock no Estilo P-Bass

Se o seu objetivo é ter aquele som grave, pesado e direto que é a espinha dorsal do rock, o Strinberg PBS50 é uma opção a ser considerada. Este baixo segue a fórmula do Precision Bass: um corpo robusto, um captador split-coil e controles simples de volume e tonalidade.

Não há complicações aqui. O foco é entregar um timbre fundamental, com graves sólidos e médios que cortam a mix da banda. É o som que você ouve em Ramones, Iron Maiden e Motown.

Este baixo é perfeito para o iniciante que quer simplicidade e um som com atitude. A tocabilidade é boa, embora o braço seja um pouco mais espesso que o de um Jazz Bass, o que é característico do estilo P-Bass.

Para quem vai tocar com palheta e busca um som consistente e sem firulas, o PBS50 entrega exatamente o que promete com um preço bastante competitivo. É uma máquina de rock'n'roll disfarçada de baixo de iniciante.

Prós
  • Timbre clássico de P-Bass, ideal para rock, punk e soul.
  • Construção simples e robusta.
  • Captador split-coil cancela ruídos.
  • Ótimo custo-benefício para quem busca este som específico.
Contras
  • Braço mais largo pode ser menos confortável para mãos pequenas.
  • Menos versátil que modelos com captadores P/J ou J/J.

7. SX SJB Alder: Timbre Clássico com Corpo em Alder

A marca SX ganhou fama por oferecer instrumentos com uma pegada vintage e, principalmente, por usar madeiras de qualidade superior em sua faixa de preço. O modelo SJB Alder é um exemplo disso.

Ele é um baixo no estilo Jazz Bass, mas seu corpo é construído em Alder, a mesma madeira usada nos Fender clássicos dos anos 60. Isso contribui para um timbre mais ressonante e equilibrado, com uma resposta de frequência que muitos músicos consideram ideal para um baixo.

Este baixo é para o iniciante detalhista, que já pesquisa sobre a influência das madeiras no som e busca um timbre mais autêntico e orgânico. Embora o hardware e os captadores sejam de entrada, a base de madeira do instrumento é excelente, tornando-o uma plataforma incrível para upgrades futuros.

Se você quer um baixo que já vem com uma "alma" sonora mais apurada e planeja customizá-lo com o tempo, o SX SJB Alder é uma das escolhas mais inteligentes.

Prós
  • Corpo em Alder, uma madeira de qualidade superior nesta faixa de preço.
  • Timbre com boa ressonância e equilíbrio.
  • Excelente base para modificações e upgrades.
  • Visual e pegada vintage.
Contras
  • O acabamento do braço pode precisar de um lixamento leve para ficar mais confortável.
  • Os componentes eletrônicos são básicos e podem ser o primeiro alvo de um upgrade.

8. Memphis MB-40: Ótimo Custo-Benefício Para Começar

A Memphis é a linha de entrada da Tagima, focada em oferecer instrumentos com o menor preço possível. O MB-40 é um baixo simples, com configuração de captadores P/J, que oferece uma versatilidade surpreendente para seu custo.

Ele é projetado para ser o primeiro instrumento de quem tem um orçamento muito limitado, mas ainda quer a flexibilidade de explorar diferentes sons. A construção é básica, mas funcional o suficiente para iniciar os estudos.

Este baixo é a escolha para quem precisa economizar ao máximo, mas não abre mão de começar a tocar. É ideal para o estudante que quer apenas dar os primeiros passos e descobrir se o contrabaixo é realmente sua paixão, sem fazer um grande investimento inicial.

É importante ter expectativas realistas: o acabamento e os componentes são simples, mas ele cumpre a função de ser uma porta de entrada para o mundo da música.

Prós
  • Preço extremamente acessível.
  • Configuração P/J oferece boa variedade de sons para um baixo de entrada.
  • Leve e fácil de manusear.
  • Cumpre a função de ser o primeiro instrumento para estudo.
Contras
  • Qualidade de construção e componentes é básica.
  • Pode precisar de uma regulagem profissional (luthier) para se tornar mais tocável.
  • Os captadores têm baixa definição e saída de som.

9. Giannini GB 100: Tradição Brasileira no Jazz Bass

A Giannini é uma marca com uma longa história no Brasil, conhecida por fabricar instrumentos confiáveis. O GB 100 é a sua proposta para o baixista iniciante que busca o estilo e a sonoridade de um Jazz Bass.

Ele segue a receita clássica, com dois captadores single-coil, corpo com design ergonômico e um braço confortável. A construção é honesta e o instrumento passa uma sensação de robustez.

Para o músico que valoriza marcas nacionais com tradição, o Giannini GB 100 é uma alternativa interessante aos modelos da Tagima e Strinberg. Ele oferece uma experiência de tocabilidade e timbre muito similar, sendo uma opção segura para quem vai tocar estilos variados.

É um instrumento de estudo competente, que não decepciona e carrega o nome de uma das empresas mais icônicas da indústria musical brasileira.

Prós
  • Marca brasileira com tradição e confiabilidade.
  • Construção sólida e acabamento correto.
  • Sonoridade versátil do estilo Jazz Bass.
  • Bom instrumento para estudo e prática.
Contras
  • Menos popular que os concorrentes diretos, o que pode dificultar a revenda.
  • O design e os acabamentos são mais conservadores.

10. Tagima TW-66: Visual Retrô e Som Encorpado

O Tagima TW-66 se destaca imediatamente pelo seu visual. Inspirado em modelos vintage como o Fender Mustang Bass, ele tem um charme retrô que agrada a muitos músicos. Uma de suas características marcantes é a escala do braço, que geralmente é um pouco mais curta que a dos baixos padrão (34 polegadas).

Essa escala menor torna o instrumento mais confortável para pessoas com mãos pequenas ou para guitarristas que estão migrando para o baixo, pois a distância entre os trastes é menor.

Este baixo é perfeito para o iniciante que busca conforto e um estilo diferenciado. O som, por conta da escala mais curta e dos captadores, tende a ser mais grave e "gordo", com menos brilho que um Jazz Bass.

É um timbre excelente para indie rock, rock alternativo e estilos que pedem um som de baixo mais fundamental e com peso. Se você prioriza o conforto na tocabilidade e gosta de um visual que foge do comum, o TW-66 é uma escolha excelente e cheia de personalidade.

Prós
  • Visual retrô único e estiloso.
  • Escala mais curta proporciona maior conforto, especialmente para mãos pequenas.
  • Timbre grave e encorpado, ótimo para rock alternativo e indie.
  • Leve e bem equilibrado.
Contras
  • O som é menos versátil e tem menos brilho que o de baixos de escala padrão.
  • As cordas de escala curta são um pouco mais difíceis de encontrar em lojas físicas.

Baixo Ativo vs. Passivo: Qual a Diferença Para o Som?

A eletrônica de um baixo pode ser passiva ou ativa, e essa diferença impacta diretamente o seu som e controle. Um baixo passivo, como a maioria dos modelos Squier e Tagima TW-73, tem um circuito simples.

O sinal dos captadores vai direto para os controles de volume e tonalidade. O som é mais quente, orgânico e dinâmico, reagindo bem à força com que você toca. Ele não precisa de bateria e é o padrão da maioria dos baixos clássicos.

Um baixo ativo, como o Tagima TBM-4, possui um pré-amplificador embutido que precisa de uma bateria de 9V para funcionar. Esse circuito permite um controle de equalização mais preciso, geralmente com knobs dedicados para graves, médios e agudos.

O som é mais moderno, com maior saída, mais clareza e brilho. Para iniciantes, um baixo passivo é mais simples e direto. Um ativo oferece mais opções sonoras, mas exige a manutenção da bateria.

Jazz Bass ou Precision Bass: Entenda os Timbres

Os nomes Precision Bass (P-Bass) e Jazz Bass (J-Bass) definem os dois principais tipos de contrabaixo elétrico. O Precision Bass, criado pela Fender nos anos 50, tem tipicamente um captador do tipo split-coil.

Seu som é focado, com médios fortes e graves definidos. É o timbre clássico do rock, do punk e da soul music. É conhecido por "sentar" perfeitamente na mix de uma banda, fornecendo uma base sólida e sem complicações.

Modelos como o Strinberg PBS50 são exemplos desse estilo.

O Jazz Bass, lançado uma década depois, foi projetado para ser mais versátil. Ele tem dois captadores single-coil e um braço mais fino na região da pestana, o que o torna mais rápido de tocar.

Seus dois captadores permitem uma gama maior de sons. Você pode obter desde um som profundo e macio, usando o captador do braço, até um som mais agudo e com "rosnado", usando o captador da ponte.

É o favorito em estilos como funk, jazz e pop. O Tagima TW-73 e o Squier Jazz Bass são exemplos clássicos.

O Que Mais Preciso Além do Baixo? (Amplificador)

O contrabaixo elétrico não produz um som audível por si só. Você precisa de um amplificador para ouvir o que está tocando. Para um iniciante, um pequeno amplificador de estudo, conhecido como "combo" (que já vem com alto-falante), é a escolha ideal.

Procure por modelos com potência entre 15 e 30 watts. Isso é mais que suficiente para praticar em casa sem incomodar os vizinhos.

  • Amplificador: Modelos como Fender Rumble 15, Borne Vorax 2050 ou Meteoro Demolidor FWB 20 são ótimas opções de entrada.
  • Cabo: Você vai precisar de um cabo P10 para conectar o baixo ao amplificador.
  • Afinador: Manter o baixo afinado é fundamental. Pode ser um afinador de clipe, de pedal ou até mesmo um aplicativo no celular.
  • Correia: Para tocar em pé, uma correia confortável é indispensável.
  • Bag ou Case: Para proteger e transportar seu instrumento com segurança.

Perguntas Frequentes

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