Qual É o Melhor Baixo de 6 Cordas Ativo? 6 Análises

Maria Silveira Costa
Maria Silveira Costa
8 min. de leitura

Escolher um baixo de 6 cordas ativo exige atenção redobrada à ergonomia e à qualidade do pré-amplificador. Diferente dos modelos de 4 cordas, onde a simplicidade reina, aqui você precisa de um instrumento que suporte a tensão extra e ofereça clareza tanto na corda Si grave quanto na Dó aguda.

A presença de um circuito ativo é fundamental para moldar frequências e garantir que as notas mais graves não embolem em mixagens densas.

Analisei as especificações técnicas, madeiras e componentes eletrônicos dos principais modelos disponíveis no mercado nacional. O foco desta análise é separar instrumentos que apenas parecem robustos daqueles que realmente entregam timbre profissional e conforto para longas sessões de estudo ou shows.

Você encontrará opções para diferentes orçamentos, desde a entrada até instrumentos com madeiras nobres brasileiras.

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Equalização e Madeira: Como Escolher o Timbre?

O grande trunfo de um baixo ativo é a capacidade de cortar ou impulsionar frequências específicas diretamente no instrumento. Isso oferece autonomia ao baixista, que não fica totalmente dependente do amplificador ou do técnico de som.

No entanto, o circuito ativo não faz milagres se a construção acústica for ruim. A madeira do corpo define a 'alma' do som antes mesmo de ele chegar aos captadores.

Madeiras como o Basswood, comuns em modelos de entrada, oferecem um som equilibrado e leveza, ideal para quem toca em pé por horas. Já madeiras mais densas, como a Imbuia ou o Mogno, projetam médios mais definidos e um sustain superior, características essenciais para quem explora solos e acordes na região aguda da sexta corda.

Ao escolher, considere se você prefere um som moderno e brilhante (típico de corpos leves e EQ ativo agressivo) ou um timbre mais quente e amadeirado.

Análise: Os 5 Melhores Baixos Ativos de 6 Cordas

1. Contra Baixo Strinberg Sab66 Dw Dark Wood

O Strinberg Sab66 se posiciona como a porta de entrada mais acessível para o mundo das seis cordas. Este modelo é ideal para estudantes ou músicos de igreja que precisam da extensão de escala sem investir o valor de um instrumento profissional.

O acabamento Dark Wood (DW) oferece uma estética sóbria e moderna, fugindo do visual de plástico comum em baixos baratos. A ergonomia do braço é surpreendentemente confortável para a faixa de preço, facilitando a adaptação de quem vem de 4 ou 5 cordas.

Sonoramente, os captadores estilo Soapbar entregam um som encorpado, com bastante ganho de saída devido ao circuito ativo. O pré-amplificador funciona bem para correções rápidas de grave e agudo, mas pode faltar um pouco de definição nos médios se comparado a modelos superiores.

É um instrumento honesto, que cumpre o papel de fornecer as notas extras com afinação estável, desde que o setup inicial seja bem feito por um luthier.

Prós
  • Melhor custo-benefício da categoria
  • Visual Dark Wood elegante
  • Braço confortável para iniciantes
Contras
  • Pré-amplificador pode gerar ruído em volumes altos
  • Ferragens mais simples exigem cuidado
  • Peso pode ser cansativo em shows longos

2. Baixo Tagima Millenium 6 Top Natural

A linha Millenium da Tagima é, há anos, a referência de baixo ativo intermediário no Brasil. Este modelo específico, com acabamento natural, é perfeito para o músico de baile e freelancer que toca diversos estilos.

A construção é robusta e o instrumento aguenta a estrada. O sistema de captação ativa da Tagima oferece um "punch" característico, com graves que preenchem bem o ambiente sem embolar, algo crítico na corda Si.

O espaçamento das cordas é um ponto forte aqui. Ele não é tão estreito quanto em alguns baixos modernos, permitindo técnicas de slap com um pouco mais de facilidade, embora exija precisão.

A madeira aparente dá um toque de sofisticação, e o verniz protege bem o instrumento. Para quem busca um baixo para trabalhar profissionalmente sem gastar uma fortuna, o Millenium Top Natural é a escolha lógica pela facilidade de revenda e manutenção.

Prós
  • Excelente valor de revenda
  • Timbre versátil para pop e rock
  • Construção sólida e durável
Contras
  • Pode apresentar desbalanceamento (cabeça pesada)
  • Consumo de bateria pode ser alto se esquecer plugado

3. Baixo Tagima Millenium 6 Top NTS DF

O modelo Millenium Top NTS DF compartilha a mesma base eletrônica do modelo anterior, mas se destaca pelo acabamento e sensação tátil. A sigla geralmente indica variações estéticas e de escala que agradam quem prefere um visual mais técnico e menos clássico.

Este baixo é indicado para músicos que tocam fusion, jazz ou gospel moderno, onde a estética do instrumento complementa a performance técnica.

A tocabilidade é fluida, e o acesso às últimas casas da escala é facilitado pelo corte do corpo (cutaway). O circuito ativo responde com agressividade quando os agudos são acionados, garantindo que seus solos e frases na corda Dó (C) cortem a mixagem.

A estabilidade da afinação é garantida por tarraxas blindadas, essenciais para manter a tensão correta das seis cordas.

Prós
  • Acesso facilitado às casas agudas
  • Visual moderno e técnico
  • Boa definição de notas na corda C
Contras
  • Captadores podem captar interferência elétrica
  • Necessita regulagem fina para ação baixa das cordas

4. Baixo Tagima Millenium Imbuia 6 Série Brasil

Aqui temos um salto significativo em qualidade de construção e timbre. Diferente da linha 'Top' (geralmente fabricada na China), a Série Brasil utiliza madeiras nacionais nobres. O corpo em Imbuia é o grande diferencial, proporcionando um som rico em médios-graves e uma ressonância acústica superior.

Este baixo é destinado a músicos exigentes, gravadores de estúdio e quem valoriza a identidade tonal da madeira brasileira.

A Imbuia não é apenas estética; ela comprime o som naturalmente de uma forma musical, o que, somado ao circuito ativo, resulta em um timbre pronto para mixagem. O braço tende a ter um acabamento mais refinado, com trastes melhor nivelados de fábrica.

Se o seu foco é timbre orgânico e complexidade harmônica em acordes, este modelo supera os anteriores com facilidade, justificando o investimento maior.

Prós
  • Madeira nobre (Imbuia) com timbre superior
  • Melhor acabamento de trastes da lista
  • Som encorpado e definido
Contras
  • Peso elevado devido à densidade da madeira
  • Preço mais alto que a linha standard
  • Requer amplificador de qualidade para notar a diferença

5. Baixo Ibanez 6 Cordas SR 206B WNF

O Ibanez Soundgear (SR) 206B é a escolha definitiva para quem prioriza velocidade e ergonomia. A Ibanez é mundialmente famosa por seus braços finos e rápidos. Se você tem mãos pequenas ou acha o braço dos baixos Tagima muito largo, este é o modelo para você.

O espaçamento entre as cordas é menor (geralmente 16.5mm), o que facilita acordes complexos, arpejos rápidos e corridas por toda a escala.

O circuito ativo Phat II EQ da Ibanez oferece um reforço de graves poderoso, dando um peso moderno ao som sem perder a clareza. O acabamento Walnut Flat (WNF) de poros abertos permite que a madeira respire e oferece uma sensação tátil muito agradável, sem o aspecto pegajoso de vernizes grossos.

É um instrumento voltado para metal, rock progressivo e virtuosismo, onde a tocabilidade rápida é crucial.

Prós
  • Ergonomia imbatível e braço fino
  • Leve e confortável para tocar em pé
  • Eletrônica silenciosa e moderna
Contras
  • Espaçamento estreito dificulta técnica de Slap
  • Visual pode ser muito agressivo para alguns estilos
  • Saída do jack requer cuidado

Tagima vs Ibanez: Qual Pré-Amp Entrega Mais?

A disputa entre Tagima e Ibanez neste segmento é clássica. Os pré-amplificadores da Tagima, especialmente na linha Millenium, são conhecidos por serem 'quentes' e agressivos. Eles entregam muito volume de saída, o que é ótimo para empurrar o amplificador e se destacar na banda.

Porém, em configurações extremas, podem introduzir um pouco de chiado.

Por outro lado, a Ibanez adota uma abordagem mais 'Hi-Fi' e cirúrgica. O pré-amp da linha SR é desenhado para clareza e definição. Ele não altera tanto a cor do som quanto o da Tagima, mas oferece um controle de frequências mais transparente.

Se você busca um som clássico e 'gordo' de baixo brasileiro, Tagima vence. Se prefere um som moderno, rápido e limpo para processadores de efeitos, o circuito da Ibanez é superior.

Vantagens da 6ª Corda e Circuito Ativo em Shows

  • Economia de Movimento: Com a corda Si grave e a Dó aguda, você pode tocar duas oitavas completas numa única posição do braço, sem precisar 'dançar' pela escala.
  • Arranjos de Acordes: A corda Dó (C) permite montar acordes mais limpos e voicings que invadem a região do violão ou teclado, ideal para trios ou acompanhamento melódico.
  • Peso Sonoro: O circuito ativo garante que o sinal chegue forte à mesa de som, mesmo usando cabos longos em palcos grandes, evitando a perda de agudos.
  • Versatilidade de Repertório: Você elimina a necessidade de desafinar o baixo (drop tuning) para músicas que exigem graves profundos, já que a corda Si cobre essa região naturalmente.

Cuidados com a Bateria e Manutenção do Circuito

Baixos ativos dependem de uma bateria de 9V (ou duas, em alguns circuitos 18V) para funcionar. O erro mais comum de iniciantes é deixar o cabo conectado ao instrumento quando não estão tocando.

O jack de entrada funciona como um interruptor: se o cabo está plugado, a bateria está sendo consumida, mesmo que o amplificador esteja desligado. Crie o hábito de desconectar sempre.

Outro ponto crítico é o vazamento de bateria. Se você vai ficar semanas sem tocar, remova a bateria do compartimento. O ácido vazado pode corroer os contatos do pré-amplificador e inutilizar a eletrônica do instrumento, gerando um custo de reparo alto.

Tenha sempre uma bateria alcalina reserva no case; baixos ativos, quando a bateria morre, cortam o som totalmente ou começam a distorcer de forma feia.

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