Qual É o Melhor Baixo de 5 Cordas Fretless Ativo? 5 Opções Analisadas

Maria Silveira Costa
Maria Silveira Costa
10 min. de leitura

Encontrar o equilíbrio entre a expressividade do som “cantado” de um instrumento sem trastes e a potência de um circuito moderno não é tarefa fácil. Você busca aquela sonoridade aveludada, o famoso "mwah", mas precisa de definição para que a quinta corda não soe embolada.

A escolha do instrumento certo define se você terá uma performance inspiradora ou uma luta constante contra a falta de clareza sonora.

Neste guia, você vai encontrar os melhores baixos de 5 cordas ativos do mercado que oferecem a construção e a eletrônica necessárias para esse estilo. Selecionamos modelos que variam desde opções de entrada para quem vai se aventurar na técnica pela primeira vez, até instrumentos robustos para uso profissional.

Analisamos a ergonomia, a qualidade do pré-amplificador e a resposta das madeiras.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

Como Escolher um Baixo Ativo para Tocar Fretless?

A escolha de um baixo para o estilo fretless exige atenção redobrada a detalhes que passariam despercebidos em baixos com trastes. A madeira da escala, por exemplo, não é apenas estética; ela define a durabilidade contra o desgaste das cordas e a sustentação da nota.

Madeiras mais duras tendem a projetar o som com mais clareza, algo vital quando não há trastes de metal para definir o ataque.

O sistema de pré-amplificação é o segundo pilar. Em um baixo ativo de 5 cordas, o equalizador de 3 bandas (graves, médios e agudos) é sua principal ferramenta de escultura sonora.

Para o som fretless, a capacidade de controlar as frequências médias é o que permite ao instrumento “rosnar” e cortar a mixagem. Verifique se o modelo oferece um pré-amplificador silencioso e com boa margem de manobra (headroom).

Análise: Os 10 Melhores Baixos de 5 Cordas Ativos

1. Baixo Ativo Waldman WB305A 5 Cordas BKS

O Waldman WB305A é a porta de entrada ideal para quem deseja explorar o universo das 5 cordas ativas sem comprometer o orçamento. Este instrumento é especialmente indicado para estudantes e músicos iniciantes que precisam de um baixo versátil para estudos e pequenas apresentações.

Sua construção leve em Hard Wood facilita a tocabilidade, reduzindo a fadiga durante longas sessões de prática.

A parte elétrica conta com um circuito ativo que oferece um ganho significativo de sinal, garantindo que a quinta corda tenha presença e não desapareça em meio a outros instrumentos.

Embora seja um modelo de entrada, o acabamento BKS (Black Satin) confere uma estética moderna e agressiva. Para quem busca modificar o instrumento para fretless, a madeira da escala aceita bem o trabalho de luteria, tornando-o uma plataforma de customização acessível.

Prós
  • Excelente custo-benefício para iniciantes
  • Acabamento acetinado moderno
  • Circuito ativo com bom ganho de saída
Contras
  • Ferragens podem precisar de upgrade futuro
  • Captação pode gerar ruído em volumes muito altos

2. Contrabaixo Tagima Millenium 5 Cordas Natural

A linha Millenium da Tagima é uma referência de mercado quando se fala em instrumentos intermediários confiáveis. Este modelo é perfeito para o músico de bar e igreja que precisa de um "cavalo de batalha".

A combinação do corpo em Basswood com a eletrônica ativa proporciona um timbre equilibrado, capaz de transitar entre o pop, o rock e o gospel com facilidade.

O destaque aqui é a ergonomia do braço e o acesso às casas mais agudas, o que é crucial para solistas e para quem explora toda a extensão do instrumento. O sistema de equalização ativo permite cortes e reforços precisos, ajudando a moldar um timbre mais anasalado, característico de baixos sem trastes, caso você opte por usar este modelo como base para essa sonoridade.

A estabilidade da afinação é garantida por tarraxas blindadas decentes para a faixa de preço.

Prós
  • Ergonomia confortável para tocar em pé
  • Equalização ativa eficiente
  • Versatilidade de timbres
Contras
  • O peso pode incomodar em shows muito longos
  • O acabamento dos trastes (na versão com trastes) às vezes exige polimento

3. Contrabaixo Yamaha TRBX305 5 Cordas Vermelho

Se você busca qualidade profissional e um timbre moderno e definido, o Yamaha TRBX305 é a escolha superior desta lista. Este baixo é ideal para músicos sérios que necessitam de consistência em gravações e palcos grandes.

O corpo em Mogno esculpido não só oferece uma estética incrível, mas também enriquece o som com graves profundos e um sustain natural impressionante.

O grande diferencial técnico é a chave "Performance EQ" de 5 posições, que oferece presets instantâneos de equalização (Slap, Pick, Flat, Finger, Solo). Isso é extremamente útil para mudar a intenção sonora rapidamente.

Os captadores Humbucker cerâmicos desenhados pela Yamaha (M3) possuem cancelamento de ruído e uma clareza que faz a corda Si grave (B) soar pianística e definida, algo raro em baixos dessa faixa de preço.

A construção do braço em 5 peças de Maple e Mogno garante estabilidade total.

Prós
  • Corpo em Mogno para ressonância superior
  • Switch de EQ com 5 presets muito práticos
  • Braço laminado em 5 peças ultra-estável
Contras
  • Preço mais elevado que os concorrentes diretos
  • Espaçamento das cordas pode parecer estreito para quem faz muito slap

4. Baixo Strinberg SAB500 5 Cordas Vintage Sunburst

O Strinberg SAB500 apela para o músico que valoriza a estética clássica mas não abre mão da tecnologia moderna. Com seu acabamento Vintage Sunburst, ele remete aos instrumentos lendários dos anos 60 e 70.

É a opção certa para quem toca em bandas de baile ou estilos que pedem um visual mais tradicional, mas com a "pegada" de saída de um baixo ativo.

Sonoramente, ele entrega graves encorpados graças ao corpo em Basswood e braço em Maple. O pré-amplificador ativo oferece controles básicos mas funcionais, permitindo adicionar peso ao som sem distorcer.

Embora seja um instrumento de entrada/intermediário, a Strinberg tem melhorado significativamente seu controle de qualidade, entregando um braço confortável que facilita a execução de linhas rápidas na região grave.

Prós
  • Visual clássico e elegante
  • Braço confortável com perfil moderno
  • Bom custo-benefício
Contras
  • Captação pode soar genérica sem um bom amplificador
  • Nut (pestana) de plástico simples

5. Contrabaixo Tagima MILL 5 TOP NTS Active

Esta versão "TOP" da linha Millenium eleva o nível de acabamento e seleção de madeiras. É direcionado ao baixista que busca um instrumento com visual de boutique e sonoridade refinada, sem pagar o preço de um custom shop.

O tampo em madeira figurada e o acabamento natural acetinado oferecem um toque de sofisticação visual imediato.

A eletrônica ativa deste modelo foi ajustada para oferecer mais transparência. Isso significa que o som da madeira é menos mascarado pelo pré-amplificador, resultando em um timbre mais orgânico.

Para aplicações onde se busca a sonoridade fretless (seja por modificação ou técnica), essa transparência é valiosa, pois preserva as nuances de vibrato e microtonalidade que o músico executa.

Prós
  • Acabamento superior com tampo diferenciado
  • Eletrônica transparente e versátil
  • Ótima estabilidade de afinação
Contras
  • Exige bateria 9V sempre em dia para manter o timbre
  • Pode precisar de blindagem extra em estúdio

6. Baixo Ativo Waldman WB405A 5 Cordas Natural

Diferente da série 300, o Waldman WB405A apresenta uma proposta estética e sonora ligeiramente diferente, focando em um visual mais cru e natural. É indicado para iniciantes que preferem sentir a textura da madeira e buscam um instrumento despojado.

A configuração de captadores permite uma boa variação de tons, do grave profundo ao médio estalado.

A ergonomia do corpo é projetada para facilitar o acesso às 24 casas, o que é um ponto positivo para estudantes que estão desenvolvendo técnicas de solo. O circuito ativo cumpre bem o papel de empurrar o sinal, garantindo que o baixo seja ouvido com clareza em ensaios com bateria alta.

É uma ferramenta honesta pelo preço cobrado, ideal como segundo baixo ou instrumento de estudo.

Prós
  • Preço extremamente competitivo
  • Visual natural atraente
  • Leve e fácil de transportar
Contras
  • Madeiras do corpo podem ser macias e marcar fácil
  • Controles de equalização pouco sensíveis

7. Baixo Tagima TBM-5 Classic Series Olympic White

O Tagima TBM-5 é a escolha definitiva para quem ama o som percussivo e os médios agressivos do estilo Music Man. Este baixo é ideal para funk, slap e estilos que exigem que o baixo corte a mixagem com autoridade.

O captador Humbucker grande na posição da ponte é a alma deste instrumento, entregando um ataque rápido e poderoso.

Para quem busca a sonoridade fretless inspirada em Jaco Pastorius (que usava muito o captador da ponte) ou Tony Levin, este tipo de configuração é excelente. O posicionamento do captador enfatiza os médios-graves, região onde o "choro" do baixo sem trastes realmente acontece.

O circuito ativo aqui serve para domar ou exaltar essa agressividade natural, tornando-o um instrumento de personalidade forte.

Prós
  • Timbre característico e percussivo (estilo MM)
  • Construção robusta da série Classic
  • Visual icônico Olympic White
Contras
  • Menos versátil que modelos com dois captadores
  • Braço pode ser um pouco mais grosso que o padrão

8. Contrabaixo Tagima XB 21 5 Cordas Preto

A linha Xtreme Bass (XB) da Tagima foca no músico moderno de rock e metal. O design do corpo é esculpido para conforto máximo e visual agressivo. Este modelo é indicado para quem toca por muitas horas e precisa de um instrumento leve, com contornos que se ajustam bem ao corpo do músico.

Os captadores soapbar oferecem um som encorpado e moderno, com menos ruído e mais saída. O pré-amplificador ativo é projetado para manter a definição mesmo quando se usa pedais de distorção ou overdrive.

A escala em madeira técnica (Tech Wood) utilizada nestes modelos mais recentes oferece uma superfície uniforme e densa, o que é uma vantagem surpresa se você considerar transformá-lo em fretless, pois é um material muito resistente ao desgaste das cordas.

Prós
  • Design ergonômico e moderno
  • Captadores silenciosos e potentes
  • Escala resistente em Tech Wood
Contras
  • Estética pode não agradar puristas
  • Espaçamento entre cordas pode ser justo

9. Baixo PHX MSR-5 Dark Blue 5 Cordas Ativo

A PHX vem ganhando espaço com a linha MSR, oferecendo instrumentos com acabamentos diferenciados e boa tocabilidade. O modelo Dark Blue chama a atenção no palco e é uma ótima opção para quem quer sair do padrão preto/madeira.

É indicado para músicos versáteis que tocam desde pop até rock progressivo.

O circuito ativo da PHX é funcional e oferece um bom boost de graves, essencial para dar peso à quinta corda. A construção do braço favorece a agilidade, e o acabamento geral mostra um cuidado superior ao de marcas genéricas.

É um baixo que responde bem a ajustes de luthieria, permitindo uma ação de cordas baixa sem trastejamentos excessivos, ponto crucial para uma execução limpa.

Prós
  • Cor diferenciada e atraente
  • Boa resposta de graves
  • Preço acessível para um 5 cordas ativo
Contras
  • Pode exigir troca de cordas imediata (as de fábrica são básicas)
  • Potenciômetros podem apresentar ruído com o tempo

10. Baixo Ativo Waldman GJJF355A 5 Cordas

Inspirado no design clássico Jazz Bass, o Waldman GJJF355A traz a configuração de captadores "JJ" para um formato acessível e ativo. Esta é a escolha ideal para quem busca a sonoridade rica em médios e harmônicos que consagrou o baixo elétrico.

A configuração de dois captadores single-coil permite misturar sons, obtendo desde um timbre gordo e grave até um som nasalado e cortante.

Para o universo fretless, o formato Jazz Bass é quase uma religião. A capacidade de isolar o captador da ponte e cortar um pouco dos agudos no equalizador ativo cria instantaneamente aquele som vocal e expressivo.

Mesmo sendo um modelo de entrada, a geometria do corpo e a disposição dos controles são familiares e intuitivos para qualquer baixista.

Prós
  • Configuração clássica JJ (versátil)
  • Timbre rico em médios
  • Estética atemporal
Contras
  • Single coils podem captar interferência (hum)
  • Peso do corpo pode ser desbalanceado (neck dive)

Ativo vs Passivo: Qual a Vantagem no Som Fretless?

A discussão entre circuito ativo e passivo é antiga, mas no contexto de um baixo de 5 cordas fretless, o sistema ativo leva vantagem técnica. O som característico do fretless depende muito da sustentação da nota e da riqueza de frequências médias que surgem quando a corda vibra diretamente na madeira.

Um pré-amplificador ativo funciona como um buffer, impedindo a perda de sinal em cabos longos e, principalmente, permitindo que você esculpa essas frequências médias no próprio instrumento.

Além disso, a quinta corda (Si grave) exige muita energia para ser reproduzida com clareza. Circuitos passivos em baixos mais simples tendem a deixar essa corda "frouxa" sonoramente.

O circuito ativo injeta a potência necessária para que o grave seja definido, rápido e articulado, garantindo que suas linhas de baixo não se transformem em um borrão sonoro no palco.

Importância da Madeira da Escala no Timbre

Em um baixo com trastes, a corda toca o metal. Em um fretless, a corda toca a madeira. Por isso, a escolha do material da escala é crítica. Madeiras como Rosewood (Jacarandá) oferecem um som mais quente e macio, absorvendo um pouco do ataque agudo.

É a escolha para quem busca uma sonoridade vintage e doce.

Já escalas em Maple, Ebanol ou madeiras técnicas (como a Tech Wood da Tagima) são mais duras e densas. Elas refletem mais a vibração, gerando um som mais brilhante e com mais sustain, o que acentua o efeito de "choro" ou "mwah".

Além do som, madeiras mais duras resistem melhor à abrasão das cordas, evitando que surjam valas na escala com o tempo de uso.

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