Qual é o melhor baixo de 5 cordas fretless? Guia de Compra e Customização
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Encontrar um baixo de 5 cordas fretless de fábrica disponível no mercado nacional é uma tarefa árdua e muitas vezes cara. A maioria dos baixistas que busca aquela sonoridade "chorada" e o deslizar suave das notas opta por adquirir um excelente instrumento de 5 cordas com trastes e realizar o processo de "defretting" (retirada de trastes) ou simplesmente busca um modelo que entregue a definição de graves necessária para essa técnica.
A escolha da madeira e da eletrônica é determinante para que o Si grave (Low B) não soe embolado sem a presença do metal dos trastes.
Neste guia, selecionamos os melhores baixos de 5 cordas que servem como a fundação perfeita para quem busca a expressividade do fretless. Analisamos a qualidade da escala, a estabilidade do braço e a resposta dos captadores, fatores cruciais para quem vai tocar sem o auxílio dos trastes ou busca um instrumento versátil para modificar.
Se você quer o som de Jaco Pastorius com a extensão grave moderna, a sua busca termina aqui.
Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo
Madeira da Escala e Braço: O Segredo do Som 'Chorado'
A alma de um baixo fretless, ou de um candidato a se tornar um, reside na dureza da madeira da escala. Diferente dos baixos com trastes, onde a corda vibra a partir de um ponto de metal, no fretless a corda vibra diretamente na madeira.
Madeiras mais duras e densas, como o Jacarandá (Rosewood), Ébano ou as modernas 'Technical Wood', oferecem maior projeção e aquele ataque anasalado característico, conhecido como "mwah".
Uma madeira muito macia absorveria a vibração da corda, matando o sustain (sustentação) da nota rapidamente.
Outro ponto crítico em baixos de 5 cordas é a largura e o perfil do braço. A tensão extra da quinta corda exige um tensor de ação dupla robusto e uma construção estável. Se o objetivo é remover os trastes posteriormente, certifique-se de que a escala esteja em perfeitas condições e nivelada.
Escalas em Maple envernizado também são opções viáveis para um som mais brilhante e percussivo, embora exijam um acabamento em epóxi para proteção a longo prazo contra o atrito das cordas, especialmente se você usar cordas roundwound.
Análise: Os 10 Melhores Baixos de 5 Cordas para seu Setup
1. Baixo Ibanez GSR205BK 5 Cordas Ativo (B0002DV88I)
O Ibanez GSR205BK é frequentemente a primeira escolha para quem busca um baixo de 5 cordas confiável para modificações ou uso direto. Sua grande vantagem reside no perfil do braço GSR4, que é extremamente confortável e fino, facilitando a digitação e a execução de glissandos rápidos.
O corpo em Poplar oferece um peso equilibrado, evitando que o instrumento cabeceie, o que é essencial para longas sessões de estudo ou palco.
A eletrônica ativa deste modelo, equipada com o equalizador Phat II, é o grande trunfo para quem busca a sonoridade fretless. Esse boost de graves adiciona um corpo significativo ao som, compensando a perda natural de ataque que ocorre quando se toca diretamente na madeira.
Para baixistas que desejam converter este instrumento, a escala em Jatobá oferece uma densidade média-alta, proporcionando um timbre quente e rico em médios, ideal para melodias expressivas.
- Equalizador Phat II EQ reforça graves profundos
- Braço fino e ergonômico facilita a tocabilidade
- Ponte B15 oferece boa estabilidade de afinação
- Captadores originais podem ter ruído em altos volumes
- Acabamento preto fosco marca digitais facilmente
2. Contrabaixo Tagima TW73 Jazz Bass Vintage (B07M8D6CKH)
Para os puristas que buscam a estética e o som clássico de Jaco Pastorius, o Tagima TW73 é a base perfeita. Este modelo segue o design tradicional do Jazz Bass, com dois captadores single coil que entregam aquele médio-agudo cortante, essencial para definir as notas em um contexto sem trastes.
O corpo em Poplar e o braço em Maple proporcionam uma ressonância clara, garantindo que a quinta corda tenha definição e não soe abafada.
Este baixo se destaca pela sua construção voltada ao vintage. A escala em Techwood é resistente e aceita muito bem o processo de defretting se você decidir seguir esse caminho, mantendo uma superfície lisa e dura.
O controle de volume individual para cada captador permite misturar os timbres, sendo que o uso isolado do captador da ponte é o segredo para obter aquele som anasalado e percussivo que define o estilo fretless no jazz e fusion.
- Timbre clássico de Jazz Bass com médios definidos
- Visual vintage autêntico
- Excelente custo-benefício para customização
- Pesa um pouco mais que modelos modernos
- Single coils podem captar interferência elétrica (hum)
3. Baixo Cort 5 Cordas Estilo Moderno em Maple (B01N6AMGTC)
A Cort é conhecida por fabricar instrumentos para grandes marcas, e este modelo de 5 cordas mostra sua expertise em construção. A característica mais marcante aqui é o uso de Maple na escala.
Em um contexto fretless ou de alta precisão, o Maple oferece um ataque muito mais rápido e brilhante do que as madeiras escuras. Isso significa que cada nota da quinta corda terá um "estalo" inicial mais presente, ideal para estilos mais modernos como metal progressivo ou fusion técnico.
A ergonomia do corpo é moderna, com recortes profundos que facilitam o acesso às notas mais agudas, região onde o baixo sem trastes costuma brilhar em solos. A eletrônica é versátil, permitindo esculpir o som de forma cirúrgica.
Se você busca um instrumento que saia do padrão clássico e ofereça uma tocabilidade rápida com um visual agressivo, esta é a escolha acertada.
- Escala em Maple oferece ataque e brilho superiores
- Acesso facilitado às casas agudas
- Construção robusta e hardware confiável
- Timbre pode ser muito brilhante para estilos tradicionais
- Estética moderna não agrada puristas
4. Contrabaixo Tagima Millenium 5 Cordas Natural (B075X3PJ4Z)
O Tagima Millenium na cor natural evoca imediatamente a estética dos baixos de boutique caríssimos. O acabamento em verniz transparente sobre a madeira valoriza o instrumento e dá uma sensação orgânica, muito apreciada por baixistas de música instrumental e brasileira.
Este modelo ativo possui controles de equalização que permitem reforçar os médios, a frequência chave para fazer o baixo "cantar" em melodias.
Sua construção é sólida, com um braço que suporta bem a tensão das 5 cordas sem empenamentos excessivos, graças ao tensor de ação dupla. Para quem considera transformá-lo em fretless, a madeira da escala tem boa dureza e o espaçamento das cordas é confortável, nem muito largo nem muito estreito, facilitando a entonação precisa que a falta de trastes exige.
- Visual premium com acabamento natural
- Sistema ativo com boa versatilidade de EQ
- Ótima relação custo-benefício para shows
- Consumo de bateria pode ser alto se deixar plugado
- Peso do corpo pode cansar em apresentações longas
5. Contra-baixo Tagima MILL 5 Top NTS (B08VG787PR)
Uma variação mais refinada da linha Millenium, o modelo Top NTS traz um tampo diferenciado que adiciona sofisticação visual e sonora. A escolha de materiais aqui foca na ressonância.
A captação soapbar oferece um som mais encorpado e menos ruidoso que os single coils tradicionais, o que é excelente para quem usa pedais de chorus ou reverb para ambientações fretless.
Este baixo é ideal para músicos de igreja ou pop que precisam de um som "cheio" e que preencha a mixagem. A escala em Technical Wood é um ponto forte: trata-se de um material composto de alta densidade, extremamente estável contra mudanças de temperatura e umidade, garantindo que a altura das cordas se mantenha baixa e confortável, essencial para a tocabilidade sem trastes.
- Captadores Soapbar silenciosos e potentes
- Escala em Technical Wood oferece alta estabilidade
- Acabamento acetinado no braço melhora a velocidade
- Pré-amplificador pode colorir demais o som se não dosado
- Necessita de ajuste fino de oitavas inicial
6. Baixo Strinberg JBS-45 Jazz Bass Sunburst (B08ZB6N7TR)
O Strinberg JBS-45 é a definição de "cavalo de batalha" acessível. Com corpo em Ash (ou variações dependendo do lote, mas geralmente madeiras com bons veios), ele oferece um sustain natural impressionante.
O Ash é uma madeira dura e ressonante, o que ajuda a manter a nota soando por mais tempo, uma característica vital para quem busca aquele vibrato longo e expressivo.
Por ser um instrumento de entrada com preço muito competitivo, ele é o candidato número um para projetos de luthieria radicais. Você pode remover os trastes, aplicar epóxi na escala e trocar os captadores sem medo de desvalorizar uma relíquia.
O braço tem um perfil um pouco mais "gordo", o que agrada quem tem mãos maiores e busca firmeza na pegada da mão esquerda.
- Preço extremamente acessível para projetos
- Boa ressonância da madeira do corpo
- Estética clássica Sunburst
- Acabamento dos trastes originais pode ser áspero
- Tarraxas podem exigir reaperto frequente
7. Contra Baixo Giannini Ativo GB205A (B079Z5NSHF)
A Giannini tem história na música brasileira e o GB205A é um modelo que respeita essa tradição oferecendo versatilidade. Com um corpo geralmente em Basswood, ele é mais leve que os modelos de Ash ou Poplar, o que favorece o conforto.
A configuração de captadores estilo "J" garante aquele som estalado e definido.
O sistema ativo de 9V dá um empurrão extra no sinal, útil para quem toca ligado direto em mesas de som ou interfaces de áudio. Se o objetivo é um baixo para estudar fretless ou para gigs menores onde o peso do instrumento importa, o GB205A entrega um desempenho honesto e uma base sólida para quem está começando nas 5 cordas.
- Instrumento leve e confortável
- Marca tradicional com boa assistência
- Saída de sinal forte devido ao circuito ativo
- Madeira do corpo (Basswood) marca com pancadas
- Knobs de plástico podem parecer frágeis
8. Contra-baixo Elétrico Tagima XB 21 5 Cordas (B08VG7Q56W)
O Tagima XB 21 foge do design tradicional Fender e aposta em um visual mais ergonômico e compacto. Seus captadores são do tipo Soapbar, que possuem uma bobina mais larga e captam uma faixa de frequências mais ampla.
Isso resulta em graves mais gordos e agudos menos estridentes, uma combinação interessante para quem busca um som fretless mais moderno e aveludado, próximo ao baixo acústico.
Este modelo é ideal para quem toca rock ou metal e precisa de um baixo 5 cordas que corte a mixagem com peso, mas que também permita passagens melódicas suaves. O braço tem acabamento acetinado, o que reduz o atrito da mão e permite mudanças de posição rápidas, essenciais para afinar corretamente em um braço sem trastes.
- Captadores Soapbar encorpados
- Design ergonômico e compacto
- Braço rápido com acabamento acetinado
- Design pode não agradar tradicionalistas
- Espaçamento das cordas na ponte é ligeiramente mais estreito
9. Contra-baixo Tagima TW-73 Woodstock Olympic White (B0B3F8YBSF)
O TW-73 na cor Olympic White é um ícone de estilo. Além da beleza, ele compartilha a construção robusta da série Woodstock. A diferença visual impacta a percepção de palco, sendo ideal para quem toca soul, funk e R&B.
A combinação de corpo em Poplar e braço em Maple com escala escura cria um equilíbrio tonal perfeito.
Para o baixista que busca a sonoridade de Pino Palladino (que usa fretless em músicas pop de forma magistral), este baixo oferece a plataforma passiva ideal. A resposta dinâmica é excelente: se você tocar suave, o som é redondo; se atacar com força, o baixo rosna.
Essa sensibilidade é vital para a expressão em instrumentos sem trastes ou adaptados.
- Visual Olympic White icônico
- Dinâmica passiva excelente para expressão
- Hardware cromado de boa durabilidade
- Necessita de blindagem para reduzir ruídos de palco
- Nut original pode precisar de ajuste para ação baixa
10. Baixo Ativo Waldman WB305A 5 Cordas (B0FVY7P7YZ)
O Waldman WB305A fecha a lista como a opção de entrada mais agressiva em termos de preço. É um instrumento voltado para iniciantes ou para quem precisa de um "backup" de emergência.
Apesar do baixo custo, ele vem com circuito ativo, o que ajuda a moldar o som e disfarçar imperfeições tonais de amplificadores mais simples.
Sua construção é simples, mas funcional. Para quem quer se aventurar na luthieria caseira e transformar um baixo em fretless pela primeira vez, este é o modelo para cometer erros e aprender sem arruinar um investimento alto.
O corpo é leve e o braço tem medidas padrão, facilitando a adaptação de peças de reposição no futuro.
- Preço imbatível para iniciantes
- Circuito ativo incluso
- Bom para aprendizado de luthieria/modificação
- Acabamento e trastes podem ser irregulares
- Captadores com som mais genérico
Baixo Ativo ou Passivo: Qual Funciona Melhor Sem Trastes?
A escolha entre ativo e passivo muda drasticamente a forma como o efeito "mwah" do fretless é percebido. Baixos passivos, como os Jazz Bass tradicionais (Tagima TW73), oferecem uma dinâmica mais orgânica.
O som é mais "madeira" e menos processado, ideal para jazz acústico e situações onde você quer sentir a vibração pura do instrumento. A desvantagem é que você depende mais do amplificador e dos dedos para moldar o volume e a presença.
Já os baixos ativos (Ibanez GSR205, Tagima Millenium) possuem um pré-amplificador interno que permite aumentar ou cortar frequências. Para o fretless, isso é uma arma poderosa: ao aumentar levemente os médios e graves diretamente no baixo, você consegue compensar a falta de ataque metálico dos trastes e fazer a nota "saltar" da mixagem.
Para quem toca ao vivo em sistemas de som variados, o baixo ativo oferece um controle mais seguro e consistente do timbre.
A Importância das Cordas Flatwound no Timbre Fretless
Usar cordas Roundwound (ásperas) em um baixo fretless é possível, e gera um som brilhante e agressivo (estilo Jaco Pastorius), mas tem um custo alto: a escala de madeira será "lixada" pela corda a cada vibrato, exigindo manutenção constante ou aplicação de epóxi.
Se você busca longevidade e aquele som de contrabaixo acústico aveludado, as cordas Flatwound (lisas) são obrigatórias.
As cordas Flatwound, além de serem gentis com a madeira da escala, eliminam o ruído de deslizar dos dedos, permitindo glissandos limpos e silenciosos. Elas enfatizam a fundamental da nota, deixando o som mais gordo e profundo, o que é especialmente benéfico para a quinta corda (Si), que ganha definição e perde harmônicos indesejados que poderiam embolar o som.
Cuidados Essenciais com a Manutenção da Escala
A escala é o coração do fretless e exige atenção redobrada. Diferente de um baixo com trastes onde você limpa o metal, aqui você trata a madeira. O uso periódico de óleo de limão (em escalas escuras sem verniz) é vital para manter a madeira hidratada e evitar rachaduras, além de ajudar a disfarçar pequenas marcas de uso criadas pelas cordas.
O ajuste do tensor (truss rod) também é diferente. Em baixos com trastes, deixamos um leve relevo no braço. No fretless, o braço deve estar o mais reto possível para permitir uma ação de cordas extremamente baixa.
Isso facilita a produção do som "chorado" sem exigir força excessiva da mão esquerda. Se você optar por converter um dos baixos listados acima, lembre-se que o Nut (pestana) precisará ter seus sulcos aprofundados, pois as cordas devem sair quase coladas à escala na primeira posição.
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Maria Silveira Costa
Formada em jornalismo pela PUC-Rio e com um MBA do IBMEC, Maria lidera a equipe editorial do QualÉAMelhor. Ela assegura a precisão de todas as análises comparativas, a transparência de nossa metodologia e que nossos leitores recebam respostas diretas para encontrar a melhor solução para suas necessidades.

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