Qual é o Melhor Baixo 5 Cordas: Ativo ou Passivo?

Maria Silveira Costa
Maria Silveira Costa
12 min. de leitura

Encontrar o baixo de 5 cordas certo pode transformar seu som. A corda extra grave expande suas possibilidades musicais, mas a variedade de modelos, circuitos e madeiras pode confundir.

Este guia foi criado para simplificar sua decisão. Analisamos os 10 melhores baixos de 5 cordas do mercado, detalhando as diferenças entre modelos ativos e passivos. Aqui, você entenderá para quem cada instrumento é indicado e qual se encaixa melhor no seu estilo e orçamento.

Como Escolher seu Baixo de 5 Cordas?

A escolha de um baixo de 5 cordas vai além do visual. Você precisa considerar alguns fatores técnicos que impactam diretamente o timbre e a tocabilidade. O primeiro ponto é o circuito: ativo ou passivo?

Baixos ativos possuem um pré-amplificador interno que oferece mais controle sobre graves, médios e agudos, ideal para sons modernos e versáteis. Já os passivos têm um som mais orgânico e vintage, com controles simples de volume e tonalidade.

Pense também no tipo de captação, que pode ser single-coil (mais brilhante) ou humbucker (mais encorpado e sem ruído). Por fim, a madeira do corpo e do braço influencia o peso, o sustain e a ressonância do instrumento.

Avalie esses pontos de acordo com o gênero musical que você toca e o som que procura.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

Análise: Os 10 Melhores Baixos 5 Cordas

Analisamos dez dos modelos mais populares e bem avaliados, cobrindo diferentes faixas de preço e características. Cada análise foca em detalhar o som, a construção e, principalmente, para qual tipo de baixista cada instrumento é a escolha ideal.

1. Tagima TBM-5 Classic Series Ativo

O Tagima TBM-5 é uma homenagem clara ao icônico Music Man StingRay, oferecendo um timbre potente e agressivo a um custo acessível. Equipado com um captador humbucker posicionado próximo à ponte e um circuito ativo de 2 bandas (graves e agudos), este baixo entrega o som estalado e cheio de presença, perfeito para técnicas de slap e para quem precisa cortar a mixagem da banda com autoridade.

O corpo em Poplar e o braço em Maple garantem um som com bom ataque e definição.

Este baixo é a escolha ideal para o músico que toca rock, funk, pop ou qualquer estilo que exija um som robusto e marcante. Se você busca o timbre clássico do StingRay sem precisar investir em um modelo americano, o TBM-5 entrega uma performance surpreendente.

É um instrumento excelente para quem está saindo de um modelo de entrada e quer um baixo com personalidade sonora e circuito ativo para começar a explorar novas texturas.

Prós
  • Timbre clássico e potente com captação humbucker.
  • Circuito ativo oferece bom controle de equalização.
  • Ótimo custo-benefício para o som que entrega.
  • Visual icônico e construção sólida.
Contras
  • O peso pode ser um fator de desconforto em longas apresentações.
  • Apenas um captador limita a variação de timbres em comparação com modelos com dois captadores.

2. Giannini GB205A Ativo 5 Cordas

O Giannini GB205A é um baixo ativo que se destaca pela sua versatilidade e conforto. Com um design moderno, ele possui corpo em Basswood, uma madeira leve que favorece os médios, e braço em Maple com escala em Rosewood.

A configuração de captadores no formato P/J (um captador split-coil no braço e um single-coil na ponte) combinada ao circuito ativo de 2 bandas permite que o músico navegue por uma vasta gama de timbres, do som gordo e aveludado do Precision Bass ao som mais focado e nasal do Jazz Bass.

Para o músico que toca em bandas de baile, igrejas ou trabalha como freelancer e precisa de um instrumento "pau para toda obra", o GB205A é uma escolha inteligente. Ele se adapta facilmente a diferentes estilos musicais sem a necessidade de trocar de baixo.

Sua leveza também o torna perfeito para longas horas de estudo ou shows, evitando o cansaço nos ombros. É uma porta de entrada excelente para o mundo dos baixos ativos com configuração P/J.

Prós
  • Configuração de captadores P/J oferece grande versatilidade sonora.
  • Corpo em Basswood o torna mais leve que muitos concorrentes.
  • Circuito ativo permite modelagem de timbre eficaz.
  • Design confortável e moderno.
Contras
  • O captador single-coil da ponte pode gerar ruído quando usado sozinho.
  • O acabamento, embora bonito, pode ser sensível a batidas e arranhões.

3. Tagima Millenium Natural 5 Cordas Ativo

O Tagima Millenium é um dos baixos de 5 cordas mais reconhecidos no mercado nacional, famoso por seu visual sofisticado e som moderno. Com corpo em Okoume e tampo em Rosewood, ele oferece uma estética premium.

O braço em Maple com escala em Tech Wood contribui para um timbre equilibrado e boa tocabilidade. A eletrônica é seu ponto forte: dois captadores soapbar e um circuito ativo de 3 bandas (graves, médios e agudos), que proporcionam uma flexibilidade sonora imensa.

Este baixo é perfeito para o baixista de nível intermediário a avançado que busca um som contemporâneo e definido. É uma escolha popular em gêneros como gospel, R&B e jazz fusion, onde a clareza das notas e a capacidade de moldar o timbre são essenciais.

Se você precisa de um instrumento com graves profundos, médios presentes e agudos cristalinos, e gosta de ter controle total sobre seu som diretamente no baixo, o Millenium é uma aposta segura.

Prós
  • Circuito ativo de 3 bandas para controle tonal completo.
  • Dois captadores soapbar silenciosos e versáteis.
  • Visual elegante com madeiras de boa qualidade.
  • Timbre moderno e definido, ótimo para solos e arranjos complexos.
Contras
  • O controle de médios pode ser um pouco sutil para alguns usuários.
  • Pode ser um instrumento mais pesado, exigindo uma boa correia.

4. Waldman Jazz Bass GJJ505A Ativo

A Waldman GJJ505A traz a proposta de um Jazz Bass moderno para o músico com orçamento controlado. Este modelo ativo combina o formato clássico do corpo com a eletrônica aprimorada.

Possui corpo em Poplar, braço em Maple e escala em Tech wood, uma combinação que resulta em um timbre equilibrado. Os dois captadores single-coil no estilo Jazz Bass, aliados ao circuito ativo, oferecem o som tradicional estalado, mas com o punch e a versatilidade da equalização extra.

Se você é um fã do timbre clássico do Jazz Bass, mas deseja a flexibilidade de um circuito ativo para se destacar em estilos como pop, funk e soul, o GJJ505A é uma excelente opção.

É um instrumento ideal para estudantes que buscam seu primeiro baixo ativo ou para músicos que precisam de um segundo baixo versátil para shows. A presença do pré-amplificador ajuda a empurrar o sinal, garantindo que suas linhas de baixo sejam ouvidas com clareza.

Prós
  • Combina o timbre clássico do Jazz Bass com a versatilidade de um circuito ativo.
  • Preço bastante competitivo para um baixo ativo de 5 cordas.
  • Boa tocabilidade com um braço confortável.
  • Visual atraente inspirado em um design consagrado.
Contras
  • Os captadores single-coil podem apresentar ruído de 60Hz, mesmo em um baixo ativo.
  • A qualidade dos componentes eletrônicos e do hardware é condizente com a faixa de preço de entrada.

5. Strinberg JBS-45 Jazz Bass Passivo

O Strinberg JBS-45 é a representação fiel da proposta de um Jazz Bass passivo. Este baixo foca na simplicidade e no timbre orgânico que consagrou o modelo. Construído com corpo em Basswood e braço em Maple, ele é relativamente leve e confortável.

Seus dois captadores single-coil são controlados por dois volumes independentes e um controle de tonalidade geral. Essa configuração permite mixar o som dos captadores para encontrar o ponto ideal entre o grave encorpado do braço e o ataque da ponte.

Este baixo é a escolha perfeita para o purista, o músico que ama o som cru e dinâmico de um baixo passivo. É ideal para jazz, blues, soul e rock clássico, gêneros onde a resposta ao toque do instrumentista é fundamental.

Se você valoriza a simplicidade de plugar e tocar, controlando o timbre mais com os dedos do que com botões, o JBS-45 oferece essa experiência. É também uma ótima opção para quem está começando e quer um instrumento com som de qualidade sem a complexidade de um circuito ativo.

Prós
  • Timbre clássico e orgânico de Jazz Bass passivo.
  • Controles simples e intuitivos.
  • Não depende de bateria para funcionar.
  • Ótimo instrumento para estudar e desenvolver dinâmica.
Contras
  • Menor versatilidade tonal em comparação com modelos ativos.
  • Sinal de saída mais baixo, podendo exigir mais ganho do amplificador.
  • Ruído característico dos captadores single-coil.

6. Tagima Classic TJB 5 Cordas Passivo

O Tagima Classic TJB 5 é a interpretação da marca para o clássico Jazz Bass, mantendo-se fiel à eletrônica passiva. Com corpo em Poplar e braço em Maple, este baixo oferece o som estalado e articulado esperado de um J-Bass.

Os dois captadores single-coil e os controles de volume individuais para cada um, mais um tone geral, permitem uma mistura sutil de timbres. A construção é sólida e o acabamento segue os padrões de qualidade da Tagima.

Para o baixista que busca um som vintage e autêntico em um formato de 5 cordas, o TJB 5 é uma das melhores opções do mercado nacional. Ele é ideal para quem toca estilos que pedem um som mais quente e com boa resposta dinâmica, como MPB, samba-rock e rock dos anos 70.

Se você prefere a simplicidade de um baixo passivo e confia na qualidade de construção da Tagima, este modelo não decepciona, sendo um instrumento de trabalho confiável.

Prós
  • Fidelidade ao timbre clássico do Jazz Bass passivo.
  • Construção robusta e confiável.
  • Boa tocabilidade com perfil de braço confortável.
  • Ótima plataforma para futuros upgrades de captadores e hardware.
Contras
  • Sinal de saída mais baixo que o de modelos ativos.
  • O ruído dos captadores single-coil pode ser um problema em ambientes com muita interferência elétrica.

7. Tagima TW-73 5 Strings Passivo

O Tagima TW-73 5 Strings é mais um modelo da marca que aposta na sonoridade clássica de um Jazz Bass passivo, mas com um toque da série Woodstock. Ele mantém a configuração tradicional de corpo em Poplar, braço em Maple e dois captadores single-coil.

A proposta aqui é entregar um instrumento com visual e som vintage, focado na simplicidade e na qualidade da matéria-prima. O acabamento e o hardware são pensados para evocar a estética dos instrumentos dos anos 70.

Este baixo é perfeito para o músico que não apenas busca o som, mas também o visual da era de ouro do rock e do funk. Se você é um baixista que valoriza um instrumento que responde bem à dinâmica das mãos e tem um timbre que "senta" bem na mix, o TW-73 é uma escolha acertada.

É um ótimo baixo para quem está começando e quer um instrumento de qualidade, ou para quem já é experiente e precisa de um 5 cordas passivo e confiável para o dia a dia.

Prós
  • Visual e timbre com inspiração vintage.
  • Configuração passiva simples e eficaz.
  • Boa relação custo-benefício na linha Woodstock.
  • Construção sólida típica da Tagima.
Contras
  • Limitações sonoras inerentes a um circuito passivo.
  • O headstock com design maior pode causar um leve desequilíbrio (neck dive).

8. PHX MSR-5 Dark Blue 5 Cordas

O PHX MSR-5 é um baixo de 5 cordas projetado para o músico moderno. Com um visual arrojado e circuito ativo, ele oferece uma ampla gama de sons. O corpo é feito de Basswood, o que o torna mais leve, e o braço em Maple garante boa sustentação.

A configuração de captadores é do tipo soapbar, conhecidos por serem silenciosos e terem um som cheio e definido. O pré-amplificador ativo permite esculpir o timbre com precisão, tornando-o apto para vários estilos.

Para o baixista que toca em contextos modernos, como metal, pop contemporâneo ou música eletrônica, o MSR-5 é uma ferramenta poderosa. O som definido dos captadores soapbar e a flexibilidade do circuito ativo garantem que suas linhas de baixo tenham peso e clareza.

Se você busca um instrumento com visual diferenciado e que ofereça um som moderno sem ruídos, este modelo da PHX é uma opção a ser considerada, especialmente pelo seu preço competitivo.

Prós
  • Timbre moderno e definido com captadores soapbar.
  • Circuito ativo oferece boa versatilidade.
  • Design arrojado e acabamento atraente.
  • Corpo leve em Basswood.
Contras
  • A marca PHX tem menor valor de revenda em comparação com Tagima ou Giannini.
  • A qualidade do pré-amplificador é funcional, mas não se compara a modelos de ponta.

9. Tagima XB 21 5 Cordas

O Tagima XB 21 é um baixo projetado com o iniciante em mente, oferecendo a experiência de um 5 cordas a um preço extremamente acessível. Este modelo passivo conta com uma configuração de captadores P/J (Precision/Jazz), que já fornece uma boa dose de versatilidade sonora.

O corpo é construído em Basswood, mantendo o instrumento leve, e o braço em Maple possui um perfil confortável para quem está se adaptando a uma escala mais larga. Os controles são simples: dois volumes e um tone.

Se você está pensando em comprar seu primeiro baixo de 5 cordas e tem um orçamento limitado, o XB 21 é a escolha certa. Ele permite que você explore as notas mais graves e se familiarize com a técnica de 5 cordas sem um grande investimento.

Para estudantes de música ou hobistas, este baixo cumpre sua função com dignidade, oferecendo um som decente e uma tocabilidade que não frustra o aprendizado. É um ponto de partida honesto.

Prós
  • Preço muito acessível, ideal para iniciantes.
  • Configuração de captadores P/J oferece boa variação de timbres.
  • Leve e confortável para longas sessões de estudo.
  • Porta de entrada para o mundo dos baixos de 5 cordas.
Contras
  • A definição da corda Si (B) grave pode ser um pouco embolada.
  • O hardware e os captadores são de entrada, com qualidade correspondente ao preço.

10. Tagima Millenium 5 Classic Black Ativo

Esta é uma variação do aclamado Tagima Millenium, com um acabamento clássico em preto sólido. Ele mantém as características que fazem da linha um sucesso: corpo em Okoume, braço em Maple, e a poderosa combinação de dois captadores soapbar com um circuito ativo de 3 bandas (grave, médio e agudo).

O som é o mesmo timbre moderno, definido e versátil, mas com uma estética mais sóbria e tradicional que o acabamento em madeira natural.

Este baixo é para o músico que já conhece e admira a sonoridade da linha Millenium, mas prefere um visual mais discreto e clássico. É o instrumento perfeito para o baixista de palco que precisa de um som moderno e consistente noite após noite, seja no gospel, pop ou rock moderno.

A confiabilidade da construção da Tagima, somada à eletrônica versátil, faz deste baixo uma ferramenta de trabalho profissional com excelente custo-benefício.

Prós
  • Eletrônica ativa de 3 bandas extremamente versátil.
  • Captadores soapbar com som moderno e sem ruído.
  • Acabamento preto clássico e elegante.
  • Excelente performance para músicos de nível intermediário a profissional.
Contras
  • O peso pode ser um fator para alguns músicos.
  • O acabamento em preto sólido, embora bonito, pode evidenciar marcas de dedo e pequenos riscos.

Baixo Ativo vs. Passivo: Qual a Diferença?

A principal diferença entre um baixo ativo e um passivo está na presença de um pré-amplificador interno, alimentado por uma bateria de 9V. Esta é a tecnologia por trás de cada tipo:

  • Baixo Ativo: Possui um circuito de pré-amplificação. Isso permite que o baixo tenha controles de equalização mais complexos, como graves, médios e agudos separados. O resultado é um sinal de saída mais forte, com um som mais brilhante, limpo e moderno. É ótimo para quem busca versatilidade e quer moldar o timbre diretamente no instrumento. A desvantagem é a necessidade de trocar a bateria periodicamente.
  • Baixo Passivo: Não possui pré-amplificador. Seus controles são mais simples, geralmente um ou dois volumes e um controle de tonalidade que apenas corta os agudos. O som é mais orgânico, quente e dinâmico, respondendo diretamente à força com que você toca as cordas. É o timbre clássico do rock, blues e soul. Não precisa de bateria, sendo mais simples e direto.

Tipos de Captação: Humbucker ou Single-Coil?

Os captadores são os microfones do baixo, transformando a vibração das cordas em sinal elétrico. Os dois tipos mais comuns têm sons bem distintos:

  • Single-Coil: Como o nome diz, usa uma única bobina. Produz um som brilhante, articulado e com muita clareza. É o captador padrão dos modelos Jazz Bass. Sua principal desvantagem é a suscetibilidade a ruídos e interferências elétricas, o famoso "hum" de 60 ciclos.
  • Humbucker: Usa duas bobinas para cancelar o ruído (o "hum"). O resultado é um som mais gordo, encorpado, com mais saída e foco nos médios-graves. É o captador encontrado em modelos como o Music Man StingRay e muitos baixos modernos. É ideal para estilos mais pesados e para quem busca um som potente e livre de ruídos.

A Madeira Importa? Corpo, Braço e Escala

Sim, a madeira influencia o timbre, o peso e a ressonância do baixo. Cada parte do instrumento tem uma função:

  • Corpo: Madeiras como Poplar e Basswood são mais leves e têm um som focado nos médios. Alder (Amieiro) é conhecido pelo timbre equilibrado, enquanto Ash (Freixo) oferece mais brilho e agudos estalados. A escolha afeta principalmente o "esqueleto" do timbre e o conforto.
  • Braço: Quase sempre feito de Maple (Bordo). É uma madeira dura e estável, que contribui com brilho e sustain ao som. A forma e a espessura do braço são cruciais para a tocabilidade.
  • Escala: É a madeira onde os trastes são fixados. Escalas de Maple são mais brilhantes e com ataque rápido. Escalas mais escuras como Rosewood (Jacarandá) ou alternativas como Pau-Ferro e Tech Wood oferecem um som mais quente e macio.

Perguntas Frequentes

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