Qual É a Melhor Pasta Térmica Para Processador? Guia W/mK

Maria Silveira Costa
Maria Silveira Costa
10 min. de leitura

O superaquecimento é o inimigo número um do desempenho do seu computador. Mesmo o melhor cooler do mercado falhará se a transferência de calor entre o processador e a base do dissipador for ineficiente.

A pasta térmica atua preenchendo as imperfeições microscópicas nas superfícies metálicas, garantindo que o calor flua e não fique retido no chip. Escolher o composto correto pode reduzir a temperatura da sua CPU em até 10 graus Celsius, impactando diretamente na longevidade do componente e na estabilidade do sistema.

Condutividade Térmica e Viscosidade: Como Escolher?

A especificação técnica mais importante que você deve observar é a Condutividade Térmica, medida em Watts por metro-Kelvin (W/mK). Quanto maior esse número, mais eficiente é o material em transferir calor.

Pastas de entrada giram em torno de 3 a 5 W/mK, enquanto compostos de alto desempenho para overclocking ultrapassam 10 W/mK. Se você possui um processador de alto TDP, como um Ryzen 9 ou Core i9, investir em alta condutividade é obrigatório para evitar o thermal throttling.

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A viscosidade define a facilidade de aplicação e a durabilidade. Pastas muito líquidas espalham fácil, mas podem sofrer com o efeito "pump-out", vazando para as laterais com os ciclos de aquecimento e resfriamento.

Pastas muito densas e viscosas são difíceis de espalhar uniformemente, exigindo técnica, mas tendem a durar muito mais tempo sem ressecar. O equilíbrio ideal depende da sua experiência na montagem e da pressão que o seu cooler exerce sobre o socket.

As 10 Melhores Pastas Térmicas para Processador em Análise

1. Pasta Térmica Arctic MX-6 4g Alta Performance

A Arctic MX-6 chega como a sucessora da lendária MX-4, prometendo até 20% mais desempenho térmico. Esta pasta é a escolha definitiva para entusiastas e usuários que possuem processadores modernos que operam em altas temperaturas.

Sua fórmula baseada em micropartículas de carbono preenche cavidades microscópicas com extrema eficiência, garantindo uma transferência de calor rápida para o cooler. Diferente de compostos baseados em metal líquido, ela não conduz eletricidade, eliminando o risco de curto-circuito caso vaze para os componentes da placa-mãe.

A viscosidade da MX-6 é notavelmente maior que a da sua antecessora. Isso significa que ela é mais "dura" para espalhar, exigindo um pouco mais de pressão ou o uso cuidadoso de uma espátula para criar uma camada fina e uniforme.

Essa característica previne o efeito pump-out a longo prazo. Se você busca estabilidade máxima para sessões intensas de renderização ou jogos pesados, esta é a opção superior no mercado atual.

Prós
  • Excelente condutividade térmica para CPUs high-end
  • Não condutiva eletricamente (segura)
  • Alta viscosidade evita vazamentos (pump-out)
  • Durabilidade estendida após aplicação
Contras
  • Difícil de espalhar devido à alta densidade
  • Preço mais elevado que a média

2. Pasta Térmica Snowdog Husky 12.8w/m.k 3g

A Snowdog Husky surpreende por entregar uma condutividade térmica declarada impressionante de 12.8 W/mK, posicionando-se como uma concorrente direta das marcas importadas mais caras.

Esta pasta é ideal para o público gamer brasileiro que busca extrair o máximo de performance de coolers a ar ou water coolers customizados sem pagar as taxas de importação de marcas de grife.

A embalagem geralmente inclui um kit de limpeza e espátula, facilitando o processo de troca.

Em testes práticos, a Husky demonstra uma consistência muito densa, similar à massinha de modelar. Você precisará aquecer levemente a seringa (com fricção das mãos ou água morna) para facilitar a aplicação.

Uma vez aplicada corretamente, a dissipação de calor é formidável, mantendo processadores com overclock estáveis. O custo-benefício aqui é o principal atrativo, entregando números de performance de elite por uma fração do preço.

Prós
  • Condutividade térmica altíssima (12.8 W/mK)
  • Excelente custo-benefício no mercado nacional
  • Acompanha kit de aplicação completo
  • Ideal para overclocking
Contras
  • Extremamente viscosa e difícil de aplicar fria
  • A quantidade de 3g é ligeiramente menor que o padrão de 4g

3. Pasta Térmica PCYES Nitrogen Max 4g 12.5W/mk

A PCYES Nitrogen Max é a resposta da marca para o segmento premium, oferecendo 12.5 W/mK. Este produto é direcionado para quem monta setups de alta performance e não quer arriscar com pastas genéricas.

Sua formulação é quimicamente estável e também não condutiva, o que oferece segurança para aplicações em GPUs e consoles, onde os componentes ao redor do chip são expostos.

Comparada à Snowdog, a Nitrogen Max possui uma textura um pouco mais amigável, embora ainda seja considerada uma pasta rígida. A estabilidade térmica é seu ponto forte: ela suporta grandes variações de temperatura sem perder suas propriedades físicas, não rachando ou secando prematuramente.

É uma escolha robusta para quem pretende aplicar a pasta e não se preocupar com manutenção por pelo menos dois ou três anos.

Prós
  • Alta condutividade térmica competitiva
  • Estabilidade química a longo prazo
  • Segura para aplicação direta em GPUs (placas de vídeo)
  • Quantidade de 4g rende múltiplas aplicações
Contras
  • Requer técnica para espalhar uniformemente
  • Preço próximo de marcas internacionais renomadas

4. Pasta Térmica Implastec TS Cold 10.5 W/mk 4g

A Implastec é conhecida por produtos de entrada, mas a linha TS Cold representa um salto de qualidade significativo, mirando o público gamer com 10.5 W/mK. Esta pasta é perfeita para o usuário intermediário que possui um processador como um Ryzen 5 ou Core i5 e utiliza um air cooler de torre.

Ela oferece um upgrade substancial em relação às pastas pré-aplicadas que vêm nos coolers originais.

A aplicação da TS Cold é razoavelmente simples, equilibrando bem a viscosidade. Ela não é tão líquida que escorra, nem tão dura que exija aquecimento prévio. O desempenho térmico é sólido para a maioria dos cenários de jogos, mantendo as temperaturas sob controle sem custar uma fortuna.

É a prova de que a indústria nacional consegue produzir compostos competentes para o segmento mid-end.

Prós
  • Bom equilíbrio entre desempenho e facilidade de aplicação
  • Salto de qualidade imenso sobre pastas genéricas
  • Preço acessível para a especificação de 10.5 W/mK
Contras
  • Pode não ser suficiente para overclocking extremo
  • Embalagem simples

5. Pasta Térmica Arctic MX-4 4g Edição Padrão

A Arctic MX-4 é, sem dúvida, a pasta térmica mais famosa e confiável da última década. Se você é um iniciante na montagem de PCs e tem medo de errar na aplicação, esta é a sua melhor escolha.

Sua consistência é perfeita: espalha-se quase sozinha com a pressão do cooler, garantindo cobertura total sem bolhas de ar. Ela é ideal para qualquer tipo de uso, desde PCs de escritório até máquinas gamer de entrada e intermediárias.

Embora tenha sido superada em performance bruta pela MX-6, a MX-4 ainda brilha pela sua durabilidade lendária de até 8 anos sem necessidade de troca, segundo a fabricante. Isso a torna perfeita para computadores de trabalho ou servidores domésticos que você não pretende abrir com frequência.

A condutividade de 8.5 W/mK ainda é mais que suficiente para 90% dos usuários.

Prós
  • Aplicação mais fácil do mercado (ótima para iniciantes)
  • Durabilidade extrema (até 8 anos)
  • Não condutiva e segura
  • Preço muito competitivo
Contras
  • Performance inferior aos modelos mais novos (MX-6)
  • Muitas falsificações no mercado (exige atenção na compra)

6. Pasta Térmica Implastec TS Extreme 1g

A TS Extreme é uma variação focada em quem precisa de uma solução única e rápida. Com apenas 1g, esta embalagem é destinada ao usuário que vai fazer a manutenção de apenas um computador ou notebook e não quer sobras guardadas na gaveta.

A condutividade é alta, adequada para chips gráficos de notebooks gamer que sofrem com aquecimento em espaços confinados.

Apesar da pequena quantidade, o desempenho não deixa a desejar. Ela compete com as outras pastas de alto desempenho da lista. O ponto de atenção é o custo por grama: proporcionalmente, você paga mais caro pela conveniência da embalagem pequena.

Se você é um técnico ou entusiasta que mexe em hardware frequentemente, as versões de 4g valem mais a pena.

Prós
  • Quantidade ideal para uso único (sem desperdício)
  • Boa condutividade térmica para notebooks
  • Baixo investimento inicial absoluto
Contras
  • Pior custo-benefício por grama
  • Quantidade insuficiente se errar a primeira aplicação

7. Pasta Térmica PCYES Nitrogen Basic 1.5g

Como o nome sugere, a PCYES Nitrogen Basic é a porta de entrada. Com condutividade térmica inferior à versão Max, ela serve bem para processadores de baixo consumo, como Core i3, Ryzen 3 ou APUs usadas em configurações de escritório e multimídia.

Não espere milagres em redução de temperatura se você estiver usando um processador que consome muita energia.

Sua principal virtude é ser barata e funcional para o propósito básico de condução térmica, superando pastas brancas de silicone. Se você está apenas revitalizando um PC antigo da família para uso na internet e YouTube, a Nitrogen Basic cumpre o papel com dignidade e economia.

Prós
  • Preço extremamente baixo
  • Suficiente para CPUs de escritório e baixo TDP
  • Fácil aplicação
Contras
  • Baixa performance para jogos pesados
  • Quantidade reduzida (1.5g)

8. Pasta Térmica Aerocool Baraf-S 2g Gamer

A Aerocool Baraf-S tenta se posicionar no mercado "gamer" através do preço agressivo. Ela é frequentemente encontrada em lojas de informática como a opção barata para quem pede algo melhor que o genérico.

Sua condutividade é aceitável para builds de entrada, mas testes independentes costumam mostrar que ela fica atrás das opções da Arctic ou PCYES Max em situações de estresse.

Um ponto crítico relatado por usuários é que a Baraf-S tende a secar mais rápido do que seus concorrentes premium, exigindo trocas mais frequentes, talvez anualmente, para manter o desempenho.

Ela serve como um "tapa-buraco" decente se o orçamento estiver extremamente apertado, mas não é a recomendação principal para longevidade.

Prós
  • Marca conhecida no segmento de cases/coolers
  • Barata e fácil de encontrar
  • Embalagem prática
Contras
  • Vida útil curta (ressecamento)
  • Performance térmica inconsistente em cargas altas

9. Pasta Térmica Implastec Thermal Silver 5g

Esta é a clássica "pasta cinza" onipresente nas bancadas de técnicos no Brasil. A Implastec Thermal Silver utiliza aditivo de prata para melhorar a condução em relação às pastas brancas.

Ela é indicada para manutenção de equipamentos antigos, consoles de gerações passadas (PS3/Xbox 360) e processadores que não geram calor excessivo. A quantidade de 5g é generosa e dura muito.

Contudo, é crucial ter cuidado: pastas com base de prata podem apresentar capacitância ou condutividade elétrica. Se você aplicar em excesso e o material vazar para os contatos da placa-mãe ou do processador, existe um risco real de curto ou mau funcionamento.

Além disso, ela possui um tempo de cura onde o desempenho melhora após alguns dias, algo que não existe nas pastas cerâmicas modernas.

Prós
  • Muito barata pela quantidade (5g)
  • Melhor que pasta branca de silicone
  • Fácil disponibilidade
Contras
  • Risco elétrico (capacitância)
  • Baixa condutividade comparada às opções gamer atuais
  • Tempo de cura necessário

10. Pasta Térmica Implastec Silicone Branca 50g

A famosa pasta branca de pote ou bisnaga. Vamos ser diretos: esta pasta NÃO é recomendada para processadores modernos (Core i5/i7/i9 ou Ryzen). Sua condutividade térmica é muito baixa (geralmente abaixo de 1 W/mK).

Ela foi projetada para componentes eletrônicos simples, como transistores de potência, fontes de alimentação e amplificadores de som, onde a densidade de calor é menor.

Sua inclusão nesta lista serve como alerta. Muitos usuários compram pelo preço e pela quantidade massiva (50g), achando que estão fazendo um bom negócio, apenas para descobrir que o PC desliga sozinho por superaquecimento ao rodar um jogo.

Use apenas em eletrônica geral ou em CPUs extremamente antigas e frias (como um Pentium antigo). Para qualquer PC gamer, evite.

Prós
  • Quantidade imensa pelo preço
  • Útil para reparos de eletrônica geral (não informática)
  • Não condutiva
Contras
  • Péssima condutividade térmica para CPUs modernas
  • Resseca e vira pó rapidamente
  • Pode causar superaquecimento em jogos

Prata, Cerâmica ou Silicone: Qual Material Dissipa Melhor?

Entender a composição química ajuda a definir a expectativa de desempenho. As pastas à base de silicone (brancas) são apenas veículos básicos e possuem a pior performance. Elas funcionam como isolantes se a camada for grossa demais.

Já as pastas com base de prata (cinzas metálicas) utilizam partículas de metal para conduzir calor. São eficazes, mas trazem o risco de condutividade elétrica e capacitância, exigindo cuidado extremo na aplicação.

A tecnologia dominante hoje são os compostos cerâmicos e de micropartículas de carbono (como a Arctic MX e a PCYES Nitrogen). Estes materiais oferecem o melhor dos dois mundos: condutividade térmica altíssima, comparável ou superior à prata, com a segurança de serem isolantes elétricos.

Para 99% dos usuários, a pasta cerâmica/carbono é a escolha segura e performática.

Como Aplicar a Pasta Térmica no Processador Corretamente

Menos é mais. O objetivo da pasta é apenas preencher as ranhuras microscópicas, não criar uma camada de bolo entre o processador e o cooler. Se você colocar demais, a pasta age como um isolante térmico, piorando a temperatura.

A superfície do processador deve estar perfeitamente limpa, preferencialmente com álcool isopropílico, para remover gordura e resíduos anteriores.

  • Método da Ervilha: Coloque uma gota do tamanho de uma ervilha no centro exato do processador. A pressão do cooler espalhará o material circularmente.
  • Método do X: Faça um 'X' fino cruzando o processador. Ideal para CPUs maiores (como Threadripper ou LGA 1700) para garantir cobertura nos cantos.
  • Espalhar com Espátula: Use uma espátula plástica para criar uma camada fina e uniforme sobre todo o chip. Recomendado para pastas de alta viscosidade como a Snowdog ou MX-6.

Longevidade e Tempo de Cura: Quando Trocar?

O "tempo de cura" é um conceito antigo onde a pasta precisava de ciclos de aquecimento para atingir a performance máxima. Pastas modernas como a MX-6 ou Nitrogen Max têm tempo de cura zero: elas entregam 100% do desempenho no momento da aplicação.

Isso facilita muito os testes imediatos de estabilidade.

Quanto à troca, monitore as temperaturas. Se o seu processador começar a aquecer 5 ou 10 graus a mais do que o normal em repouso ou carga, é hora de trocar. Pastas premium podem durar de 4 a 8 anos sem degradação significativa.

Pastas de entrada ou baseadas em silicone simples podem ressecar e "craquelar" em 1 ou 2 anos, exigindo manutenção mais frequente.

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