Qual é a Melhor Maquina de Solda Inversora? Guia Definitivo

Maria Silveira Costa
Maria Silveira Costa
9 min. de leitura

Escolher a ferramenta certa define a qualidade do seu trabalho e a velocidade da sua produção. As antigas máquinas transformadoras, pesadas e instáveis, deram lugar às inversoras de solda modernas, que utilizam eletrônica avançada para entregar um arco estável em um equipamento leve.

Este guia elimina as dúvidas técnicas e aponta diretamente quais modelos valem o seu investimento, seja você um serralheiro profissional ou um entusiasta do 'faça você mesmo'.

Ciclo de Trabalho e Amperagem: Como Escolher?

O erro mais comum na compra de uma inversora é olhar apenas para a amperagem máxima. O dado mais crítico é o ciclo de trabalho. Esse índice determina quanto tempo a máquina pode soldar continuamente em uma determinada amperagem dentro de um período de 10 minutos antes de precisar esfriar.

Uma máquina com ciclo de 60% a 160A, por exemplo, solda por 6 minutos e descansa 4.

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Para uso doméstico ou reparos leves, eletrodos de 2.5mm exigem cerca de 70A a 90A, algo que qualquer máquina de entrada suporta com 100% de ciclo. Já para serralheria pesada, onde o uso de eletrodos de 3.

25mm ou até 4.0mm é constante, você precisa de máquinas que entreguem alta amperagem (acima de 160A) com um ciclo de trabalho robusto para não interromper sua produtividade.

Ranking: As 10 Melhores Maquinas de Solda Inversora

1. Inversora Boxer Flama 201Bv Bivolt (Alta Potência)

A Boxer Flama 201Bv posiciona-se como uma solução definitiva para quem busca potência bruta sem sacrificar a portabilidade. Seu grande diferencial é a capacidade de derreter eletrodos de até 5mm, algo raro em equipamentos portáteis dessa categoria.

Para serralheiros que trabalham em obras com voltagens variadas, o sistema bivolt automático elimina o risco de queimar o equipamento por ligação incorreta.

Este modelo é ideal para profissionais que exigem um ciclo de trabalho alto. Ela consegue soldar eletrodos de 3.25mm sem parar (ciclo de 100% nessa configuração), o que garante produtividade contínua.

O display digital facilita o ajuste fino da amperagem, e suas tecnologias internas compensam flutuações na rede elétrica, mantendo o arco estável mesmo em locais com infraestrutura precária.

Prós
  • Derrete eletrodos de até 5mm (E7018)
  • Bivolt automático 110/220V
  • Ciclo de trabalho profissional (solda 3.25mm sem parar)
  • Display digital para precisão
Contras
  • Cabos originais poderiam ser mais longos
  • Preço mais elevado que a média da categoria

2. Inversora ESAB Bantam 3.2 Bivolt (Marca Líder)

A ESAB é sinônimo de soldagem mundialmente, e a linha Bantam traz essa confiabilidade para um formato ultracompacto. Esta máquina é a escolha perfeita para técnicos de manutenção e instaladores que precisam subir em escadas ou acessar locais difíceis.

Pesando muito pouco, ela pode ser carregada no ombro durante o uso sem causar fadiga excessiva ao operador.

Apesar do tamanho reduzido, a construção interna é robusta. O arco elétrico abre com extrema facilidade e mantém uma estabilidade impressionante, característica da tecnologia da ESAB.

Ela foi projetada para eletrodos de até 3.25mm, cobrindo a vasta maioria das aplicações de serralheria leve e média. A durabilidade dos componentes internos costuma ser superior a marcas genéricas.

Prós
  • Extrema portabilidade e leveza
  • Confiabilidade da marca ESAB
  • Arco muito estável e macio
  • Bivolt com reconhecimento automático
Contras
  • Não indicada para uso industrial pesado contínuo
  • Amperagem máxima menor que a concorrente da Boxer

3. Inversor Vonder RIV 156 com Display Digital

A Vonder RIV 156 entrega um equilíbrio excelente entre custo e benefício, sendo uma opção sólida para quem busca uma ferramenta de médio porte. O display digital é nítido e permite ajustes rápidos, essencial para quem alterna entre diferentes espessuras de chapas e eletrodos.

Ela opera bem com eletrodos E6013 e E7018, cobrindo as necessidades básicas de reparos estruturais.

Este modelo é recomendado para oficinas mecânicas e serralherias de pequeno porte. A tecnologia IGBT utilizada garante baixo consumo de energia em comparação aos transformadores antigos.

A função Arc Force ajuda a manter o eletrodo aceso mesmo quando a distância da peça oscila, facilitando a vida de soldadores menos experientes.

Prós
  • Excelente custo-benefício
  • Display digital de fácil leitura
  • Baixo consumo de energia
  • Leve e fácil de transportar
Contras
  • Ciclo de trabalho cai significativamente na amperagem máxima
  • Garra negativa e porta-eletrodo básicos

4. Boxer Touch145 140A (Ideal para Serralheiro)

A linha Touch da Boxer foi desenvolvida focando na inteligência do software que controla a solda. A Touch145 se destaca por facilitar o início do arco (Hot Start) de forma muito eficaz, evitando que o eletrodo grude na peça fria.

Isso a torna a ferramenta ideal para iniciantes ou serralheiros que precisam de agilidade em ponteamentos rápidos.

Ela é compacta, mas não se engane pelo tamanho. A máquina aguenta o tranco do dia a dia em montagens de portões e grades. O sistema de ventilação é eficiente, protegendo os componentes eletrônicos de superaquecimento.

É uma máquina 'inteligente' que compensa a falta de destreza manual do usuário com ajustes eletrônicos automáticos durante a soldagem.

Prós
  • Funções Hot Start e Anti Stick muito eficientes
  • Ótima para eletrodos de 2.5mm em uso contínuo
  • Design robusto e durável
  • Arco abre muito fácil
Contras
  • Limitada a 140A, pouco para estruturas muito grossas
  • Não é bivolt automático (verificar tensão na compra)

5. Multiprocesso Start Easymig 160A (3 em 1)

A versatilidade define a Start Easymig 160A. Ela rompe a barreira do apenas 'Eletrodo Revestido' e permite soldar com arame MIG (com e sem gás) e TIG. É a escolha perfeita para quem quer evoluir na soldagem e trabalhar com chapas mais finas, como em funilaria automotiva, onde o processo MIG é superior ao eletrodo comum.

A capacidade de usar arame tubular sem gás (Flux Core) elimina a necessidade de cilindros pesados para trabalhos externos, oferecendo uma praticidade enorme. Se você gosta de restaurar carros ou fabricar móveis de metal com acabamento refinado, ter os três processos (MIG, TIG, MMA) em uma única caixa é um diferencial competitivo imenso.

Prós
  • Máquina 3 em 1 (MIG/MAG, TIG, MMA)
  • Solda arame sem gás (grande portabilidade)
  • Suporta rolos de arame de 1kg e 5kg
  • Ideal para chapas finas
Contras
  • Tocha TIG geralmente vendida à parte
  • Painel de controle exige curva de aprendizado maior

6. Inversora Flama 161A com TIG Raspagem

Irmã menor da 201Bv, a Flama 161A mantém o DNA de robustez da Boxer mas em um pacote mais acessível. Ela é focada em quem precisa soldar eletrodos de 3.25mm com frequência, mas não necessita da potência extrema do modelo 201.

A função TIG de raspagem (Scratch Start) permite soldas mais delicadas em aço carbono e inox, desde que se tenha a tocha adequada.

A construção interna privilegia componentes de alta durabilidade. É uma máquina que aguenta obras e transporte constante sem apresentar falhas prematuras. Para o serralheiro autônomo que faz manutenções em condomínios e residências, ela oferece a potência certa sem o peso extra de modelos industriais.

Prós
  • Excelente estabilidade de arco
  • Compatível com TIG (raspagem)
  • Bivolt automático
  • Compacta para a potência que entrega
Contras
  • Não acompanha tocha TIG
  • Não possui funções avançadas de pulso

7. Super Tork Inversora MIG/TIG/Eletrodo Bivolt

A Super Tork investe pesado em tecnologia sinérgica, onde a máquina ajusta automaticamente a tensão e a velocidade do arame baseada na amperagem escolhida. Isso facilita drasticamente a vida de quem está começando no processo MIG.

Este modelo multiprocesso é robusto e desenhado para quem busca um acabamento visual superior nas soldas.

O ciclo de trabalho é respeitável e o design da máquina favorece a refrigeração eficiente (Turbo Ventilada). Ela é capaz de realizar soldas longas sem desarme térmico frequente. Se o seu foco é fabricação de móveis estilo industrial ou estruturas que ficam aparentes, a facilidade de operação desta Super Tork garante cordões de solda mais limpos e profissionais.

Prós
  • Ajustes sinérgicos facilitam a configuração
  • Multiprocesso completo
  • Excelente acabamento estético da máquina e da solda
  • Conectores robustos
Contras
  • Mais pesada que as inversoras apenas MMA
  • Preço superior devido à tecnologia embarcada

8. Máquina Tekna TW130I MIG/MMA Portátil

A Tekna TW130I entra no mercado como uma opção de entrada para quem quer experimentar a solda MIG sem gastar muito. O foco aqui é o uso doméstico e hobby. Ela brilha ao usar arame fluxado (sem gás), permitindo que você solde chapas finas no quintal de casa sem se preocupar com o vento levando o gás de proteção.

Apesar de ser um modelo básico, ela cumpre o que promete para pequenos reparos. Não espere soldar vigas de prédios com ela, mas para consertar o portão, fazer uma prateleira ou reparar ferramentas de jardim, ela é mais que suficiente.

A facilidade de alternar entre eletrodo e arame torna ela um 'canivete suíço' para a garagem.

Prós
  • Preço muito acessível para uma multiprocesso
  • Ideal para iniciantes e hobby
  • Leve e fácil de guardar
  • Permite solda sem gás (arame tubular)
Contras
  • Baixa amperagem (130A)
  • Componentes externos com acabamento simples

9. Black Arc 250 Start (Alta Amperagem)

A Black Arc 250 aposta em números altos. Prometendo alta amperagem, ela visa atender quem precisa derreter eletrodos mais grossos com um orçamento apertado. É uma máquina de combate, focada em entregar potência bruta para trabalhos rústicos onde o refinamento eletrônico é menos prioritário que a força do arco.

Para usuários que trabalham com estruturas metálicas pesadas em fazendas ou oficinas rurais, onde a estética da solda importa menos que a penetração e a fusão, este modelo pode ser uma boa escolha econômica.

O sistema de refrigeração é dimensionado para tentar manter a máquina operando sob carga, embora o ciclo de trabalho real em amperagem máxima deva ser monitorado.

Prós
  • Alta potência nominal
  • Custo baixo por Ampere
  • Robustez para ambientes rústicos
  • Display digital incluso
Contras
  • Eficiência energética inferior a marcas premium
  • Controle do arco menos preciso em baixas amperagens

10. Inversora FORTG 100A (Compacta e Digital)

A FORTG 100A é a definição de portabilidade extrema. Desenhada para pequenos serviços, ela cabe em qualquer caixa de ferramentas. É a máquina ideal para ter em casa para emergências, como soldar uma dobradiça solta ou um pé de cadeira quebrado.

Sua simplicidade é seu maior trunfo.

Com 100A, ela trabalha bem com eletrodos de 2.0mm e 2.5mm. Não tente forçar eletrodos de 3.25mm continuamente nela, pois o ciclo de proteção térmica atuará rapidamente. Para o público 'hobbista' que usa a solda esporadicamente, o investimento baixo e a facilidade de armazenamento fazem dela uma opção imbatível.

Prós
  • Preço extremamente competitivo
  • Muito leve e minúscula
  • Suficiente para reparos domésticos
  • Painel simples e direto
Contras
  • Potência limitada (apenas 100A)
  • Não indicada para uso profissional ou contínuo

Solda MMA, TIG ou MIG: Qual Processo Priorizar?

Entender a diferença entre os processos define a compra certa. O processo MMA (Eletrodo Revestido) é o mais versátil e barato. Ele solda ferro, inox e ferro fundido, funciona bem ao ar livre (com vento) e em peças sujas ou enferrujadas.

É a escolha padrão para serralheria geral e reparos.

Já o processo MIG/MAG oferece velocidade. Usando um arame contínuo, você não precisa parar para trocar eletrodo. É ideal para produção em série e chapas finas, mas requer cilindro de gás (exceto arames fluxados) e não lida bem com vento.

O TIG é o processo artístico: lento, preciso e limpo, perfeito para acabamentos visuais em inox e soldas críticas, mas exige muita destreza manual.

Vantagens da Tecnologia IGBT na Estabilidade do Arco

As inversoras modernas utilizam transistores chamados IGBT (Insulated Gate Bipolar Transistor). Essa tecnologia permite que a máquina ligue e desligue a corrente milhares de vezes por segundo.

O resultado prático para você é uma máquina muito menor (pois o transformador interno diminui drasticamente) e um arco elétrico que não oscila.

Além da redução de peso, o IGBT permite a implementação de softwares de controle. Funções como 'Anti Stick' (corta a corrente se o eletrodo grudar) e 'Arc Force' (aumenta a corrente se o arco for encurtar demais) só são possíveis graças a essa eletrônica rápida.

Isso transforma um soldador iniciante em alguém capaz de fazer um cordão de solda aceitável em pouco tempo.

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