Qual É a Melhor Guitarra Strato? Guia do Iniciante

Maria Silveira Costa
Maria Silveira Costa
12 min. de leitura

Encontrar a melhor guitarra no estilo strato pode ser um desafio, especialmente com tantas opções no mercado. Este guia foi criado para ajudar você, músico iniciante ou intermediário, a tomar uma decisão informada.

Analisamos os 10 modelos mais populares com foco em custo-benefício, comparando timbre, construção e tocabilidade. Aqui, você encontrará as informações necessárias para escolher o instrumento que vai acompanhar seus primeiros acordes e solos, sem gastar uma fortuna.

Como Escolher sua Primeira Guitarra Strato?

Antes de mergulhar nos modelos, entenda os pontos que definem uma boa guitarra strato para iniciantes. Primeiro, a madeira do corpo, geralmente basswood ou poplar em modelos de entrada, influencia o peso e o timbre.

Segundo, o braço, quase sempre em maple, deve ser confortável para sua mão. A escala, que pode ser clara (maple) ou escura (tech wood, rosewood), afeta a sensação ao tocar. Por fim, os captadores, tradicionalmente três single-coils, são a alma do timbre versátil da strato.

A ponte tremolo, que permite alterar a afinação das cordas, também é uma característica marcante, mas em modelos mais baratos pode exigir mais atenção com a afinação.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

Análise: As 10 Melhores Guitarras Strato do Mercado

1. Tagima TG520 Preta

A Tagima TG520 se destaca como uma excelente opção para quem busca um instrumento um pouco mais refinado sem sair da faixa de entrada. Seu corpo em basswood oferece um timbre equilibrado e um peso confortável, ideal para longas sessões de prática.

O grande diferencial está na sua configuração de captadores: dois single-coils e um humbucker na ponte (HSS). Essa combinação entrega o clássico timbre estalado da strato nas posições do braço e meio, mas adiciona o peso e a potência do humbucker para tocar rock e estilos mais pesados com menos ruído.

Para o guitarrista que já sabe que vai explorar tanto sons limpos quanto distorções mais agressivas, a TG520 é a escolha certa. O braço em maple com escala em tech wood de 22 trastes proporciona uma tocabilidade suave e moderna.

A ponte tremolo cromada é funcional, permitindo o uso da alavanca para efeitos de vibrato. É um instrumento versátil que não vai te deixar na mão quando você decidir sair do blues e se aventurar por um hard rock.

Prós
  • Configuração HSS de captadores oferece grande versatilidade sonora.
  • Bom acabamento e construção para a faixa de preço.
  • Braço confortável com 22 trastes.
Contras
  • A ponte tremolo pode desafinar com uso intenso, sendo comum em modelos desta categoria.
  • O captador humbucker de fábrica pode soar um pouco genérico para músicos mais exigentes.

2. Waldman Strato ST-111 Branca

A Waldman ST-111 é projetada para ser a porta de entrada para o mundo das guitarras. Com um preço extremamente competitivo, ela oferece o visual clássico de uma strato e os recursos básicos para começar a tocar.

Seu corpo é construído em poplar, uma madeira leve que torna o instrumento fácil de manusear, especialmente para músicos mais jovens. Os três captadores single-coil entregam o timbre característico, ideal para aprender os fundamentos de rock, pop e blues.

Se você busca uma guitarra para dar os primeiros passos sem fazer um grande investimento, a ST-111 é a candidata perfeita. Ela cumpre o papel de ser um instrumento funcional para estudo.

A tocabilidade é adequada para iniciantes, com um braço em maple e escala que facilitam a formação de acordes. É importante ter em mente que, por seu valor, os componentes são simples.

A ponte tremolo e as tarraxas podem necessitar de ajustes para manter a afinação estável.

Prós
  • Preço muito acessível, ideal para o primeiro instrumento.
  • Corpo leve em poplar, confortável para iniciantes.
  • Visual clássico strato com três captadores single-coil.
Contras
  • Componentes (tarraxas e ponte) simples, podem ter dificuldade em segurar a afinação.
  • Acabamento e controle de qualidade podem variar entre unidades.

3. Giannini Strato G-100 Sunburst

A Giannini G-100 representa a tradição de uma marca brasileira consolidada. Este modelo é uma escolha segura para o iniciante que valoriza uma construção confiável e um timbre clássico.

O corpo em basswood e o braço em maple com escala em rosewood formam uma combinação de madeiras testada e aprovada, que resulta em um som equilibrado e uma pegada confortável. Os três captadores single-coil oferecem a versatilidade esperada de uma strato, com os sons estalados e brilhantes que marcaram gerações.

Esta guitarra é perfeita para quem quer um instrumento sem surpresas, que entrega o som de strato de forma honesta. A G-100 é um verdadeiro cavalo de batalha para estudos, aulas e primeiras apresentações.

Sua construção tende a ser consistente, um ponto forte da Giannini. Embora a ponte tremolo seja funcional para efeitos sutis, seu uso agressivo pode comprometer a afinação, algo comum nesta faixa de preço.

É um degrau acima dos modelos mais básicos, oferecendo um melhor custo-benefício em termos de durabilidade.

Prós
  • Construção confiável de uma marca tradicional.
  • Timbre clássico de strato com boa versatilidade.
  • Escala em rosewood proporciona uma sensação suave ao tocar.
Contras
  • Captadores de fábrica podem soar um pouco finos com muita distorção.
  • O design é bastante conservador, sem opções de acabamento modernas.

4. Memphis by Tagima MG-30 Sunburst

A Memphis MG-30 é uma das guitarras mais indicadas para iniciantes no Brasil, e por um bom motivo. Sendo a linha de entrada da Tagima, ela se beneficia do design e da experiência da marca mãe, mas com um custo reduzido.

O corpo em basswood e os três captadores single-coil garantem o timbre versátil da strato, permitindo que o músico explore desde um som limpo e cristalino até um rock clássico com drive.

O braço em maple é fino e confortável, facilitando o aprendizado.

Se o seu orçamento é limitado, mas você não abre mão de um instrumento com design e tocabilidade decentes, a MG-30 é uma das melhores apostas. Ela é ideal para quem está começando do zero e precisa de uma guitarra que não dificulte o aprendizado.

A paleta de cores é variada e o acabamento sunburst é um clássico. Como esperado, as ferragens são simples. A ponte e as tarraxas cumprem sua função, mas um setup profissional pode melhorar muito a estabilidade da afinação e a altura das cordas.

Prós
  • Excelente custo-benefício para iniciantes.
  • Braço confortável que facilita o aprendizado.
  • Design e projeto supervisionados pela Tagima.
Contras
  • As tarraxas podem não segurar a afinação perfeitamente, especialmente com uso da alavanca.
  • Os captadores podem gerar bastante ruído com alto ganho, algo típico de single-coils de entrada.

5. Strinberg Sts100bks Preta Fosca

A Strinberg STS100 quebra a monotonia dos modelos de entrada com seu visual moderno e acabamento diferenciado. A pintura preta fosca (black satin) confere uma aparência mais agressiva e sofisticada, que atrai guitarristas de rock e metal.

O corpo é em basswood, garantindo um peso leve, e o braço em maple com escala escura complementa a estética. Os três captadores single-coil cerâmicos oferecem um som com mais saída e um pouco mais de médios, funcionando bem com distorção.

Para o músico que busca uma guitarra de iniciante com personalidade, a STS100 é a escolha ideal. Ela não só tem um visual matador, mas também entrega um timbre que se adapta bem a gêneros mais pesados, sem perder a versatilidade da strato.

A tocabilidade é um ponto forte, com um braço rápido e confortável. É uma guitarra que inspira a tocar e se destaca no palco. A ponte tremolo é padrão para a categoria, sendo funcional para vibratos leves.

Prós
  • Visual moderno e acabamento fosco diferenciado.
  • Captadores cerâmicos com boa saída para rock.
  • Bom custo-benefício para quem busca uma estética além do tradicional.
Contras
  • O acabamento fosco pode marcar com mais facilidade.
  • O som dos captadores cerâmicos pode não agradar quem busca o timbre estalado e vintage da strato.

6. Tagima TG-530 Woodstock Series Black

A Tagima TG-530 da série Woodstock é um tributo à era de ouro do rock. Ela se diferencia pela estética vintage, com escudo mint green e escala clara em maple, que remete diretamente às stratos dos anos 60 e 70.

O corpo em poplar é leve, e o braço com acabamento acetinado proporciona uma pegada muito confortável e rápida. Os captadores de alnico, um upgrade em relação aos cerâmicos comuns nesta faixa, entregam um timbre mais articulado, dinâmico e com o brilho característico do som vintage.

Esta guitarra é a escolha perfeita para o músico que ama blues, rock clássico e surf music. Se você é fã de timbres como os de Jimi Hendrix ou David Gilmour, a TG-530 oferece uma aproximação impressionante para seu preço.

A combinação da escala clara em maple com os captadores de alnico resulta em um som estalado e cheio de ataque. A tocabilidade é superior à maioria dos modelos de entrada, justificando o investimento um pouco maior.

Ela representa um dos melhores custo-benefício do mercado para quem busca um timbre vintage autêntico.

Prós
  • Captadores de alnico que proporcionam um excelente timbre vintage.
  • Estética retrô muito bem executada.
  • Braço com acabamento acetinado e escala clara em maple, muito confortável.
Contras
  • Preço um pouco mais elevado que os modelos de entrada básicos.
  • A ponte tremolo, embora funcional, ainda é o ponto mais simples do conjunto.

7. Tagima TG-510 Branca

A Tagima TG-510 é uma variação interessante no universo strato da marca. Seu principal diferencial é o corpo em Tilia, uma madeira da família do basswood, que mantém o instrumento leve e com boa ressonância.

A configuração de captadores é a clássica SSS (três single-coils), mas com a adição de um escudo tortoise (casco de tartaruga), que confere um visual mais sofisticado e vintage ao instrumento.

O braço em maple e a escala em tech wood garantem uma tocabilidade familiar e eficiente.

Se você busca uma guitarra com a confiabilidade da Tagima, mas com um toque estético diferente, a TG-510 é uma ótima opção. Ela é ideal para o músico que quer um instrumento para estudo e ensaios, que seja confortável e sonoramente versátil.

O timbre dos captadores cerâmicos é brilhante e cortante, funcionando bem para pop, funk e rock. A relação custo-benefício é excelente, posicionando-se como uma alternativa robusta aos modelos mais básicos do mercado.

Prós
  • Visual elegante com escudo tortoise.
  • Corpo leve e ressonante em Tilia.
  • Ótimo custo-benefício geral para um instrumento de estudo.
Contras
  • Os captadores cerâmicos podem soar um pouco estridentes em volumes muito altos.
  • A estabilidade da afinação pode ser um desafio com o uso frequente da alavanca.

8. PHX Strato Vintage Surf Green

A PHX Strato Vintage entra no mercado com uma proposta forte de estética e cor. O acabamento Surf Green é um clássico dos anos 60 e atrai muitos olhares. A guitarra possui corpo em basswood, braço em maple e uma escala escura, combinação que busca equilíbrio sonoro.

Os três captadores single-coil são projetados para entregar o timbre estalado e versátil que se espera de uma strato, navegando bem entre sons limpos e drives leves.

Para o guitarrista que valoriza o visual tanto quanto o som, este modelo da PHX é uma escolha certeira. É uma ótima guitarra para quem está começando e quer um instrumento com estilo.

A tocabilidade é padrão para a categoria, sendo confortável o suficiente para horas de prática. O hardware cromado complementa bem a cor do corpo. Como em outras guitarras desta faixa de preço, um ajuste profissional (setup) é recomendado para extrair o máximo de sua performance, especialmente na estabilidade da ponte tremolo.

Prós
  • Cor Surf Green com apelo vintage muito atraente.
  • Bom equilíbrio entre estética e funcionalidade para iniciantes.
  • Timbre clássico de strato, adequado para diversos estilos.
Contras
  • A marca PHX é menos tradicional que Tagima ou Giannini, o que pode pesar para alguns compradores.
  • Pode precisar de um setup inicial para otimizar a tocabilidade e afinação.

9. Tagima TG-540 Surf Green

A Tagima TG-540 é mais um acerto da marca ao mirar no público que ama o visual vintage. Com corpo em poplar e a desejada cor Surf Green, ela se destaca na multidão. O grande diferencial deste modelo é a combinação de um braço e escala em maple com acabamento envernizado (gloss), que não só contribui para a estética retrô, mas também oferece uma sensação de toque mais clássica e um timbre com um pouco mais de brilho e ataque, característico da escala clara.

Este instrumento é perfeito para o guitarrista que busca a sonoridade da TG-530, mas prefere um braço com acabamento brilhante em vez do acetinado. É uma escolha excelente para surf music, blues e rockabilly.

Os captadores single-coil padrão da Tagima entregam o timbre esperado, com boa definição nas posições intermediárias (2 e 4 da chave seletora). A TG-540 é uma guitarra que oferece uma experiência de tocabilidade e visual de categoria superior por um preço ainda acessível.

Prós
  • Braço e escala em maple com acabamento brilhante, visual e timbre clássicos.
  • Cor Surf Green muito bem aplicada.
  • Boa construção e tocabilidade geral.
Contras
  • O acabamento brilhante no braço pode ser 'pegajoso' para alguns guitarristas que transpiram muito nas mãos.
  • Os captadores, embora competentes, não são de alnico como na TG-530.

10. Thomaz Vintage TEG 400V Sunburst

A Thomaz TEG 400V é uma guitarra que foca em entregar um pacote completo para o iniciante a um preço extremamente competitivo. O acabamento sunburst é clássico e bem executado. Seu corpo é construído em basswood e o braço em maple, com uma escala escura que torna a digitação confortável.

A configuração SSS (três single-coils) permite ao músico explorar os timbres que fizeram da strato um ícone, do funk ao rock.

Se o seu principal critério de escolha é o orçamento, a TEG 400V é uma das opções mais viáveis do mercado. Ela é feita para o estudante que precisa de uma ferramenta para praticar escalas, acordes e suas primeiras músicas.

A guitarra é leve e ergonomicamente correta. É fundamental entender que se trata de um instrumento de entrada, e suas ferragens são básicas. Para garantir uma boa experiência, é quase obrigatório levá-la a um luthier para um ajuste fino da altura das cordas e da afinação da ponte.

Prós
  • Preço muito baixo, ideal para quem tem orçamento apertado.
  • Visual clássico sunburst.
  • Leve e confortável para iniciantes.
Contras
  • Qualidade geral dos componentes (tarraxas, ponte, parte elétrica) é bem básica.
  • Exige um setup profissional para se tornar um instrumento verdadeiramente tocável.

Captadores e Timbre: O Som Clássico da Strato

A alma do som de uma guitarra strato vem de seus três captadores single-coil e da chave seletora de 5 posições. Essa combinação oferece uma paleta de timbres única. A posição 1 (ponte) é brilhante e agressiva, perfeita para solos de rock.

A posição 3 (meio) é mais equilibrada. A posição 5 (braço) é quente e aveludada, ideal para blues e bases. As posições 2 e 4, que combinam os captadores, criam o famoso som "quack" ou "fora de fase", um timbre oco e estalado muito usado no funk e country.

Modelos com um humbucker na ponte (HSS) adicionam uma sexta opção: um som gordo, potente e sem ruído, ideal para distorções pesadas.

Madeiras e Construção: O Que Impacta na Tocabilidade?

A escolha das madeiras impacta diretamente no peso, timbre e conforto da guitarra. Nos modelos de entrada, o corpo é frequentemente feito de basswood ou poplar. Ambas são madeiras leves, o que torna a guitarra confortável para tocar por horas, e oferecem um timbre equilibrado, sem exagerar nos graves ou agudos.

O braço é quase universalmente feito de maple, uma madeira densa e estável que garante a sustentação das notas.

A grande diferença na sensação de toque está na escala. A escala clara (maple) geralmente tem um acabamento em verniz e produz um som com mais ataque e brilho. A escala escura (como tech wood, pau-ferro ou rosewood) tem uma textura mais porosa e natural, resultando em um som um pouco mais quente e macio.

A escolha entre uma escala clara vs clara é, em grande parte, uma questão de preferência pessoal, tanto na estética quanto na pegada.

Tagima vs. Giannini vs. Strinberg: Qual Escolher?

  • Tagima: É a líder de mercado e oferece a maior variedade. Seus modelos como a TG-530 elevam o padrão do custo-benefício com componentes melhores (captadores de alnico) e acabamentos de inspiração vintage. A linha Memphis by Tagima, como a MG-30, é a escolha segura para o iniciante com orçamento limitado.
  • Giannini: Uma marca com enorme tradição, a Giannini, com modelos como a G-100, foca em entregar um instrumento robusto e confiável. É a escolha para quem prefere uma construção sólida e um som clássico, sem muitos floreios estéticos.
  • Strinberg: Esta marca se destaca pela estética moderna. Modelos como a STS100 com acabamento fosco e hardware preto atraem guitarristas que tocam rock e metal. Frequentemente oferecem uma tocabilidade rápida e um som com mais presença de médios, ideal para distorção.

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