Qual É a Melhor Guitarra de 8 Cordas Para Djent?

Escolher uma guitarra de 8 cordas representa um passo em direção a um novo território sonoro, cheio de possibilidades para timbres graves e complexos. Este guia foi criado para ser seu recurso definitivo.

Em vez de apresentar uma lista de produtos, vamos equipar você com o conhecimento necessário para analisar qualquer modelo. Você aprenderá a avaliar os componentes mais importantes, como captadores, tipo de escala e madeiras, para que sua decisão de compra seja informada e precisa, garantindo que o instrumento atenda às suas expectativas para estilos como djent e metal progressivo.

A busca pela guitarra de 8 cordas ideal vai além da marca ou da aparência. O instrumento certo depende de uma combinação de fatores técnicos que definem seu timbre e tocabilidade.

Os captadores, sejam ativos ou passivos, determinam a clareza e o poder do seu som sob alta distorção. A escala, especialmente a opção multiscale, afeta a tensão das cordas e o conforto ao tocar.

As madeiras do corpo e do braço moldam a ressonância e o sustain. Compreender como cada um desses elementos funciona em conjunto é o que permitirá a você encontrar a ferramenta perfeita para sua expressão musical.

Este guia funciona como um manual de conhecimento. Como a lista de produtos fornecida não continha guitarras de 8 cordas para uma análise direta, o foco se volta para algo mais valioso: a capacidade de avaliar um instrumento por conta própria.

Ao dominar os critérios que explicaremos a seguir, você não dependerá de uma única opinião. Você poderá entrar em uma loja ou navegar em um site e identificar se uma guitarra Ibanez, Schecter ou de qualquer outra marca tem a configuração de escala, os captadores e a construção que se alinham ao seu estilo.

O objetivo é dar a você autonomia para fazer a melhor escolha, sempre.

Os captadores ativos são a escolha predominante para guitarristas de metal moderno e djent. Eles usam um pré-amplificador interno, alimentado por uma bateria de 9V, para fornecer um sinal de alta saída, com baixo ruído e uma compressão natural.

Isso resulta em um timbre extremamente claro e articulado, mesmo com afinações muito baixas e níveis de ganho elevados. Para quem busca aquele som percussivo, preciso e agressivo, com cada nota do riff se destacando sem embolar, os captadores ativos, como os modelos da EMG ou Fishman Fluence, são a opção mais indicada.

Eles entregam consistência e poder, cortando com facilidade em uma mixagem densa.

Por outro lado, os captadores passivos oferecem uma resposta mais orgânica e dinâmica. Sem um pré-amplificador, eles dependem exclusivamente da força dos ímãs e do enrolamento das bobinas, o que preserva uma maior variação de volume e timbre de acordo com a força da sua palhetada.

Guitarristas que preferem um som com mais "ar" e uma sensação menos comprimida se beneficiam dos passivos. Modelos modernos de alta saída de marcas como Bare Knuckle Pickups ou Seymour Duncan são projetados para competir com os ativos em termos de potência, mas com a vantagem de uma resposta dinâmica superior.

Se você valoriza a nuance e quer um timbre que reage mais fielmente ao seu toque, um set de captadores passivos é o caminho.

O design de escala multiscale, também conhecido como 'fan fret', é uma das inovações mais significativas para guitarras de alcance estendido. Em vez de um comprimento de escala único para todas as cordas, a guitarra tem uma escala mais longa para as cordas graves e uma mais curta para as agudas.

Por exemplo, a oitava corda (F#) pode ter uma escala de 28 polegadas, enquanto a primeira (E) tem 25.5 polegadas. O resultado visual são os trastes dispostos em ângulo, formando um leque.

A principal função disso é otimizar a tensão das cordas, evitando que as cordas graves soem moles e sem definição, um problema comum em guitarras de 8 cordas com escala padrão.

Para o guitarrista de djent ou metal progressivo, a escala multiscale é uma ferramenta poderosa. Ela garante que os riffs executados nas cordas graves sejam firmes, percussivos e com ótima afinação, enquanto as cordas agudas permanecem fáceis de dobrar para solos, sem a tensão excessiva.

A ergonomia também é um ponto forte, pois o ângulo dos trastes acompanha o movimento natural do pulso e dos dedos ao longo do braço. Embora exija um curto período de adaptação, o benefício em timbre e conforto torna o sistema multiscale a escolha ideal para o músico técnico que não abre mão de clareza e tocabilidade em todas as regiões do instrumento.

A madeira usada no corpo da guitarra tem um papel fundamental na formação do seu timbre base. Cada tipo de madeira possui características de densidade e ressonância distintas, que filtram certas frequências e realçam outras.

Conhecer essas propriedades ajuda você a prever como a guitarra soará antes mesmo de conectá-la a um amplificador.

• Basswood (Tília): Uma madeira leve com uma resposta de frequência focada nos médios. Produz um som articulado e equilibrado, ótimo para solos que precisam se destacar na mixagem. É uma escolha comum em muitas guitarras de 8 cordas focadas em performance.
• Ash (Freixo): Conhecido por seu som brilhante e ressonante, com agudos estalados e graves firmes. Possui médios ligeiramente recuados, o que cria uma clareza sonora excelente para ritmos percussivos e complexos do djent.
• Mahogany (Mogno): Uma madeira densa que gera um timbre quente, encorpado e com muito sustain. Seus médios-graves proeminentes dão um peso extra ao som, ideal para riffs pesados e bases sólidas. Muitas vezes é combinada com um tampo de Maple para adicionar brilho e definição.
• Alder (Amieiro): Considerada uma das madeiras mais equilibradas, o amieiro oferece uma excelente representação de graves, médios e agudos sem exagerar em nenhuma frequência. Sua versatilidade a torna uma ótima opção para guitarristas que exploram diferentes estilos.

Ao iniciar sua pesquisa, você encontrará algumas marcas que se tornaram referência na fabricação de guitarras de 8 cordas. Conhecer suas especialidades pode direcionar sua busca.

• Ibanez: Frequentemente creditada por popularizar as guitarras de alcance estendido, a Ibanez é conhecida por seus braços finos e rápidos, como o perfil 'Wizard'. Seus modelos atendem principalmente aos guitarristas modernos que buscam velocidade e precisão.
• Schecter: Uma gigante no cenário do metal moderno, a Schecter oferece um vasto catálogo de guitarras de 8 cordas, desde modelos de entrada até instrumentos custom shop. Muitas vêm equipadas de fábrica com captadores populares como EMG ou Fishman.
• Jackson: Com uma herança firmemente enraizada no metal, a Jackson produz guitarras com designs agressivos e foco na tocabilidade. Seus braços com raio composto são projetados para facilitar tanto a execução de acordes quanto solos velozes.
• Strandberg: Esta marca sueca é sinônimo de inovação, com suas guitarras ergonômicas, leves e sem headstock. O perfil de braço patenteado 'EndurNeck' é projetado para máximo conforto, sendo uma escolha para músicos que priorizam a ergonomia em longas sessões de prática ou shows.
• Kiesel: Operando em um modelo de venda direta e semi-customizável, a Kiesel permite que você monte a guitarra de 8 cordas dos seus sonhos, escolhendo madeiras, acabamentos, captadores e hardware. É a opção para quem busca um instrumento verdadeiramente personalizado.