Qual é a Melhor Guitarra de 7 Cordas Para Metal? Guia Para Timbres Pesados

Maria Silveira Costa
Maria Silveira Costa
7 min. de leitura

A escolha de uma guitarra de 7 cordas abre um novo horizonte de possibilidades sonoras, especialmente para quem toca metal. A corda extra grave permite riffs mais pesados, texturas complexas e a exploração de afinações baixas, essenciais para estilos como djent e deathcore.

Este guia oferece uma análise detalhada de três modelos populares da Ibanez, uma marca referência no segmento. Aqui, você entenderá as diferenças práticas entre cada um, desde a construção e captação até o tipo de escala, para fazer uma compra informada e certeira para o seu som.

Como Escolher a Guitarra de 7 Cordas Ideal para Metal

Escolher sua primeira ou sua próxima guitarra de 7 cordas envolve analisar alguns pontos técnicos. O comprimento da escala é um fator determinante. Escalas mais longas, acima de 25.

5 polegadas, mantêm uma tensão melhor nas cordas graves, resultando em um som mais definido com afinações baixas. Os captadores são outro ponto fundamental. A maioria das guitarras para metal usa captadores humbucker, que cancelam ruídos e oferecem um som cheio e potente.

A ponte também importa: pontes fixas oferecem maior estabilidade de afinação e sustain, sendo uma escolha segura para ritmos pesados, enquanto sistemas de tremolo oferecem outras possibilidades criativas.

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Análise: As 3 Melhores Guitarras de 7 Cordas

1. Ibanez Gio GRG7221QA 7 Cordas Sunburst

A Ibanez Gio GRG7221QA é uma porta de entrada excelente para o mundo das sete cordas. Ela foi desenhada para guitarristas iniciantes ou para músicos experientes que buscam um segundo instrumento de bom custo-benefício.

O grande atrativo visual é seu tampo em Quilted Maple Art Grain, que confere uma aparência sofisticada, incomum para guitarras nesta faixa de preço. O corpo em Poplar e o braço em Maple com escala em Treated New Zealand Pine formam uma combinação que entrega um timbre equilibrado, com médios presentes, ideal para se destacar na mixagem de uma banda.

A tocabilidade é um ponto forte, com um braço fino e confortável, característico da linha Ibanez RG.

Esta guitarra é a escolha perfeita para o guitarrista que está começando a explorar afinações baixas e precisa de um instrumento confiável sem fazer um investimento alto. Os captadores Ibanez Infinity R são versáteis, lidando bem com distorções pesadas, mas sem a clareza e definição de modelos mais caros.

A ponte fixa F107 é robusta e garante que a afinação permaneça estável, mesmo durante sessões intensas de prática ou shows. Se você busca uma guitarra para aprender, compor e tocar os riffs de suas bandas favoritas de metal moderno, a GRG7221QA entrega performance e estética com um orçamento controlado.

Prós
  • Excelente custo-benefício para iniciantes.
  • Visual atraente com o tampo em Quilted Maple.
  • Braço fino e confortável, facilitando a adaptação às 7 cordas.
  • Ponte fixa que garante boa estabilidade de afinação.
Contras
  • Os captadores Infinity R podem soar um pouco embolados sob altíssimo ganho.
  • A madeira do corpo (Poplar) não oferece a mesma ressonância que madeiras como Mogno.
  • Acabamento e hardware são funcionais, mas refletem a categoria de entrada.

2. Ibanez GIO GRG7221 7 Cordas Preta

Funcionalmente idêntica à sua irmã QA, a Ibanez GIO GRG7221 troca o tampo extravagante por um acabamento sólido em preto. Essa mudança estética atrai um perfil de guitarrista diferente.

Este modelo é para quem prefere uma aparência mais discreta e clássica, focada puramente na função. O som e a tocabilidade são os mesmos da versão Sunburst: um instrumento direto, feito para entregar timbres pesados de forma confiável.

O corpo em Poplar e os captadores humbucker Infinity R fornecem a potência necessária para rock e metal, enquanto a ponte fixa mantém a afinação no lugar.

Se você é um guitarrista pragmático, que valoriza a performance acima da estética e está com um orçamento limitado, esta é a sua guitarra. Ela é uma ferramenta de trabalho. Ideal para estudantes que precisam de um instrumento robusto para praticar ou para músicos que tocam em gigs e precisam de uma guitarra de backup confiável.

A ausência de um tampo decorativo significa que seu dinheiro está todo investido na funcionalidade do instrumento. É a guitarra perfeita para quem pensa: "Eu só preciso de uma boa 7 cordas que funcione bem e aguente a estrada", sem se preocupar com detalhes visuais.

Prós
  • Ótimo preço para uma guitarra de 7 cordas funcional.
  • Acabamento sólido e discreto, ideal para quem prefere um visual clássico.
  • Mesma tocabilidade confortável e ponte estável da linha GIO.
  • Plataforma sólida para futuros upgrades de captadores e hardware.
Contras
  • Os captadores de fábrica carecem de definição para estilos mais técnicos como o djent.
  • O som pode ser magro em comparação com guitarras de Mogno ou Ash.
  • Não oferece nenhum diferencial além do básico.

3. Ibanez RG MS7 BK Multi Escala 7 Cordas

A Ibanez RG MS7 BK representa um salto significativo em design e performance. A característica central aqui é a construção multi-escala, também conhecida como fanned frets. A escala varia de 25.

5 polegadas na corda mais aguda para 27 polegadas na sétima corda (Si grave). Essa arquitetura oferece o melhor de dois mundos: a tensão ideal na corda grave para um timbre firme e definido, sem "embolar", e uma pegada confortável nas cordas agudas para solos e bends.

O corpo em Nyatoh e o braço de 5 peças de Maple/Walnut contribuem para um som rico e com excelente sustain.

Esta guitarra é destinada ao guitarrista moderno, que toca estilos como djent, progressive metal ou qualquer gênero que exija clareza em afinações muito baixas. Se você luta contra a falta de definição da sua sétima corda em uma guitarra de escala padrão, a RG MS7 é a solução.

Os trastes em leque também oferecem uma vantagem ergonômica, acompanhando o ângulo natural do pulso e dos dedos do músico. Os captadores Array-7 MS foram desenhados especificamente para este instrumento, garantindo um equilíbrio sonoro em todas as cordas.

É a escolha para o músico que leva o timbre a sério e está pronto para investir em tecnologia que faz a diferença.

Prós
  • A escala multi-escala oferece tensão perfeita e definição nas cordas graves.
  • Ergonomia superior devido aos trastes em leque (fanned frets).
  • Timbre balanceado e com ótimo sustain graças às madeiras e construção.
  • Captadores Array-7 MS projetados para o sistema multi-escala.
Contras
  • O preço é consideravelmente mais alto que os modelos GIO.
  • A adaptação aos trastes em leque pode levar algum tempo para alguns guitarristas.
  • A ponte mono-rail individual para cada corda dificulta ajustes rápidos de altura.

Captadores e Ponte: O Coração do Timbre Pesado

Os captadores são responsáveis por transformar a vibração das cordas em sinal elétrico. Para metal, os captadores humbucker são o padrão. Eles utilizam duas bobinas para cancelar ruídos indesejados, produzindo um som cheio, quente e com alta saída, perfeito para empurrar um amplificador para a saturação.

Os modelos Ibanez GIO vêm com captadores passivos Infinity R, que são uma opção de entrada competente. Já a RG MS7 possui os Array-7 MS, mais articulados. A ponte fixa, presente em todos os modelos analisados, é a escolha mais segura para o metal.

Ela maximiza o sustain e a transferência de vibração para o corpo, além de manter a afinação estável, um fator crítico ao usar afinações baixas e tocar riffs percussivos.

Multi-Escala vs. Escala Padrão: Qual a Diferença?

Uma guitarra de escala padrão, como as da linha Ibanez GIO, possui a mesma distância do nut à ponte para todas as cordas, geralmente 25.5 polegadas. Isso funciona bem, mas pode ser um compromisso para 7 cordas.

A sétima corda, afinada em Si grave, pode soar um pouco frouxa e sem definição. A guitarra multi-escala, como a RG MS7, resolve isso. Ela tem uma escala mais longa para as cordas graves e mais curta para as agudas.

O resultado é uma tensão otimizada em todo o braço. A corda Si grave fica firme e soa com clareza, enquanto as cordas agudas permanecem fáceis de dobrar (bends). Os trastes em ângulo (fanned frets) são a consequência visual dessa tecnologia, e muitos músicos relatam que eles se alinham de forma mais natural à mão.

Madeiras e Construção: Impacto no Som e Conforto

A madeira do corpo e do braço influencia diretamente o timbre e o peso da guitarra. As guitarras Ibanez GIO usam Poplar no corpo, uma madeira leve com uma resposta tonal equilibrada, similar ao Alder, mas mais econômica.

A RG MS7 usa Nyatoh, uma alternativa ao Mogno, que oferece um som mais quente, com graves e médios-graves pronunciados, ideal para timbres encorpados. O braço em Maple, presente em todos os modelos, garante um som com ataque e brilho.

A construção do braço também é relevante: braços de uma peça são padrão, mas o braço de 5 peças da RG MS7 (Maple/Walnut) aumenta a estabilidade e a resistência a torções, um detalhe importante para um instrumento com a tensão de 7 cordas e escala multi-escala.

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